Um pouco de história

O nome do município, antes conhecido como Varginha, tem origem indígena, foi adotado em 1911 e significa “sítio dos juás”, devido à abundância no local deste fruto colhido de um espinho.
De acordo com registros históricos, o povoamento começou com os índios cataguases, bárbaros habitantes do Serrado, dos quais foram encontrados vestígios na vizinha Mateus Leme, cidade à qual Juatuba pertencia até 1992.
O início do povoamento da região também se vincula ao ciclo do ouro, sendo a Serra de Santo Antônio ou Serra de Santa Cruz, que é limite do município a Sudeste, o ponto de penetração das bandeiras procedentes de Ouro Preto e Mariana em busca de ouro.
Muitos fatos ocorreram até a tão sonhada emancipação. A lei número 336, de 27 de dezembro de 1948 elevou o município de povoado a distrito de Mateus Leme. Entre os anos de 1979 e 1981 várias mobilizações foram feitas para tornar Juatuba independente, até que isso foi possível, através da lei número 10.704, de 27 de abril de 1992, data em que é comemorado o aniversário da jovem cidade, que teve seu primeiro prefeito empossado em janeiro de 1993.

Outro ponto fundamental para que Juatuba se tornasse cidade foi a construção do Sistema Serra Azul (Copasa) responsável pelo abastecimento de água do município. O Movimento Emancipativo de Juatuba surgiu em conseqüência do desenvolvimento ocorrido nas últimas décadas e durou 20 anos, até a realização do plebiscito para seu desmembramento de Mateus Leme, em 15 de novembro de 1991.
Governo de Minas emancipa o município de Juatuba

Com o desenvolvimento, principalmente no setor agropecuário, com a plantação de eucaliptos, café, criação de gado e crescimento do setor industrial devido à instalação da cervejaria Brahma, hoje Ambev, surgiu o movimento em torno da emancipação. E depois de muitas lutas, inclusive com a realização de um plebiscito, quando foi consultada a opinião da população, o sonho tornou-se realidade. O governo do Estado emancipou 33 municípios mineiros, e, entre eles estava Juatuba, que atendeu a todos os pré-requisitos exigidos.
Depois disso, o governador nomeou uma intendência para administrar o novo município, até a realização das eleições para eleger o primeiro prefeito e a primeira Câmara de Vereadores.
Juatuba faz festa para comemorar emancipação

Música e fogos de artifício fizeram parte das celebrações, que surpreenderam o intendente pela receptividade dos juatubenses à sua indicação. A primeira iniciativa anunciada pelo empresário foi um encontro com o vice-governador Arlindo Porto, para ter mais informações sobre todo o processo. Ele prometeu ainda procurar manter o diálogo com a Prefeitura de Mateus Leme, cidade à qual Juatuba pertencia até então e que fez campanha contra a emancipação.
Após a posse de Soares, o otimismo tomou conta de todos que lutaram para ver Juatuba emancipada. Apesar de na época o mérito da ação que contestava o processo não ter sido julgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o presidente da comissão de emancipação, José Geraldo de Paula, declarou que “o processo se tornou irreversível depois que o governador Hélio Garcia nomeou o intendente”. Em plebiscito realizado no ano anterior, a emancipação ganhou com 95% dos votos.