1972-2020: os 48 anos de história e alegria do Carnaval de Mateus Leme

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Foto: Biblioteca Municipal Geraldo Alves Oliveira

Odiado por alguns e amado por uma imensa maioria de brasileiros, o Carnaval é certamente a festa popular mais reconhecida no país e no planeta. As primeiras manifestações carnavalescas no Brasil são do início do século XX, mas, quem gosta de história e da festa, sabe que Ta-Hi (Pra você gostar de mim), uma marchinha, composta em 1930 pelo mineiro de Uberaba, Joubert de Carvalho, foi um dos primeiros hits do Carnaval brasileiro.

Em Mateus Leme, foi na década de 1970 que o Carnaval começou como uma festa para reunir a família e se divertir. No país, a música “Chuva, Suor e Cerveja”, um frevo de Caetano Veloso, estava no auge e a letra propunha a irrestrita liberdade contra toda e qualquer caretice, censura, costumes ou moralismo. Era também o ano da música “Eu quero é botar meu bloco na rua”, uma marcha-rancho, de Sérgio Sampaio, embalar os bailes com um tom mais lento, mas não menos contagiante.

Acervo Biblioteca Municipal Geraldo Alves Oliveira

O tempo passou e 2020 marca o aniversário de 48 anos do carnaval de Mateus Leme. Este quase meio século de história da folia do momo já presenciou muita alegria, samba e irreverência. O primeiro registro do carnaval de rua foi em 1972, entre a gestão do prefeito Capitão Chaves e seu sucessor Wilman Salomão.

Naquele ano, três blocos desfilaram pelas ruas da cidade, durante três dias de folia: os Acadêmicos do Samba, os Floridos e Zumbi. A advogada e apreciadora da história de Mateus Leme, Irene Oliveira, conta que a cidade parava para participar dos desfiles e que a festa era um ambiente frequentado por todas as idades, de idosos a crianças. “Duas senhoras queridas na época, dona Carmita e dona Geralda Amaral, foram homenageadas naquele ano e saíram no carro alegórico da Escola Acadêmicos do Samba, dando um show à parte”, relembra.

O estilo se manteve firme até 1981, quando o Carnaval começou a se modernizar, passando pelas fanfarras até chegar aos shows e trios elétricos, característicos da festa de hoje. “Adoro o carnaval da cidade e clamo para que a festa volte a ser mais parecida com a de antigamente. Mas gosto de carnaval de toda forma. É uma época em que as pessoas se comunicam, se misturam, independente da raça e condição social. As pessoas se vestem dos seus sonhos”, finaliza Irene.

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