Diretor de bloco de carnaval diz que quem reclama de preço de abada é “desocupado e não tem serviço”

Foliões denunciaram que agremiação “Trem Bala estaria vendendo abadá pelo valor de R$100, mesmo com aporte financeiro da Prefeitura de Mateus Leme”

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Este ano, os foliões de Mateus Leme vão comemorar os 51 anos desde a primeira folia realizada na cidade. As agremiações selecionadas para participar da festa momesca foram: Os Sujões; Parou Pirou; Ôh Carlão; Trem Bala; Oi Flor e o Carna Afro Mona Ixi.

Cada bloco recebeu da prefeitura um aporte financeiro no valor de R$10 mil e obrigatoriamente deverão desfilar com Comissão de Frente, que deverá ser formada por: mestre-sala ou porta-bandeira, rainha de bateria ou rei momo, estandarte ou carro abre-alas. Cada bloco também deverá apresentar identidade própria, representada por meio de “abadá”, a todos os integrantes e ou standards. As agremiações contempladas com o auxílio financeiro também deverão obrigatoriamente cumprir como contrapartida a veiculação das marcas da Prefeitura de Mateus Leme como patrocinadora.

A reportagem conseguiu falar com os blocos Os Sujões; Parou Pirou e Ôh Carlão que dizem estar animadíssimos e preparados para a folia.  Já os blocos Trem Bala; Oi Flor e o Carna Afro Mona Ixi até hoje, não se manifestaram acerca do carnaval ou atenderam as ligações do jornal para falar sobre a festa.

“Abadá por R$100”

Cada agremiação tem feito esquentas, ensaios e até lançamentos de abadás nos últimos dias, e os foliões estão atentos à todas as movimentações, já que este ano as agremiações receberam incentivo financeiro para participar da festa. Nesta semana, por exemplo, a reportagem recebeu uma denúncia afirmando que o Bloco Trem Bala estaria vendendo abadás pelo valor de R$100 cada, mesmo com aporte de R$10 mil feito pela Prefeitura de Mateus Leme”.

O Jornal de Juatuba e Mateus Leme entrou em contato com o Bloco para saber porque o abadá estaria sendo comercializado pelo preço de R$100. Lucas Diniz Paiva, conhecido como Ferrugem, que é um dos diretores da agremiação, explica que o bloco está comercializando é uma espécie de vale cerveja, ou seja, uma pulseira, que dá direito a cerveja, refrigerante e água, em um dos eventos promovidos pelo bloco que contará com apresentações musicais ao vivo.

“Com isso quem faz parte do bloco ganha o abadá automaticamente. A informação que chega para vocês é de pessoas invejosas e sem serviço. Estou trabalhando montando barraca. Pede para as pessoas reclamarem na prefeitura, eles estão mal informados, porque o dinheiro ajudado pela prefeitura, temos que prestar contas”, disse diretor de agremiação.

Na manhã de ontem, o vereador Wolney Barrão, compartilhou uma publicação do vale cerveja para os dias 19 e 21 de fevereiro. A publicação deixa claro que a aquisição do vale cerveja daria direito a um abadá. Na publicação, o vereador afirma que “seriam os últimos abadás disponíveis”.