Nikolas Ferreira, 26 anos, tornou-se o deputado federal por Minas Gerais mais votado da história, com 1.492.047 votos. Já Bruno Engler, outro jovem de 25 anos, foi eleito deputado estadual com 637.412, também maior marca para um candidato ao Parlamento mineiro.
Replicando as marcas históricas, ambos candidatos foram majoritários também em Mateus Leme. Nikolas Ferreira, obteve 3181 votos na cidade, o que representa o percentual de 18,39%, e Bruno Engler, também obteve 1389 votos (8,08%). Acontece que, após a eleição, nenhum deles sequer pisou em Mateus Leme para agradecer, e até hoje não sinalizou qualquer destinação de emendas parlamentares ao município.
E foi justamente esse o assunto comentado pelos vereadores durante a reunião da Câmara esta semana. Dentre as principais críticas, está a ausência de protagonismo de Mateus Leme no mandato dos dois políticos, se fosse levado em consideração o número de votos dos parlamentares.
O debate foi levantado, após a vereadora Irene de Oliveira protocolar uma indicação citando o nome dos parlamentares mais votados da cidade e cobrando emendas para o asfaltamento das ruas de terra de Mateus Leme, que quase em suta totalidade, estão precárias.
Dentre os deputados federais citados no documento, está Nikolas Ferreira, Diego Andrade, Gilberto Abramo, Pinheirinho, André Janones, Duda Salabert e Rogério Correia. Já os deputados estaduais relacionados foram: Bruno Engler, João Vitor Xavier, Antônio Carlos Arantes, Professor Wendel Mesquita, Gustavo Valadares e Ione Pinheiro. O senador Cleitinho também foi citado, bem como o Ministro de Minas Energia, Alexandre Silveira, que foi o segundo mais votado como senador na cidade.
Após a leitura da indicação, que foi assinada por seis vereadores, o presidente da Câmara, Chico da Venda, teceu duras críticas aos deputados Nikolas Ferrreira e Bruno Engler, afirmando que os mesmos não deveriam sequer terem sido citados no documento, “já que nunca fizeram nada pela cidade”.
“Ao meu ver, esses dois não mereciam sequer ter os nomes lidos aqui em plenário. Eles nunca pisaram aqui e nunca fizeram nada por Mateus Leme. Isso é bom para o povo ver e saber em quem está votando”, esbravejou.
Irene explicou que a indicação seria justamente para provocar os políticos “bons de voto”, a fim de angariar algum recurso para o município. “A minha intenção foi justamente neste sentido. Se eles não forem provocados, não terão oportunidade de fazer algo para nossa cidade. E o documento não é extensivo a apenas os citados, qualquer vereador que queira incluir o nome, tem total autonomia”, completa Irene.