As falhas no abastecimento de água se tornaram um verdadeiro pesadelo para os moradores de vários bairros de Juatuba. Desde a escassez de água até a falta de comunicação com as autoridades, a situação tem gerado desespero e indignação na população. Não faltam iniciativas como pedidos de socorro, que vão desde protestos, denúncias ao Ministério Público e tentativas frustradas de diálogo com o prefeito.
A insatisfação popular é compartilhada diariamente nas redes sociais.
O problema é antigo e a Câmara Municipal já instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as causas da deficiência no abastecimento, mas o transtorno continua. A população, cansada de promessas vazias, se pergunta: quem realmente pode pressionar a concessionária responsável pelo abastecimento, a Copasa? Ou, em última análise, quem teria coragem de trocar a concessão do serviço?
A esperança está depositada nas mãos dos eleitores: escolher líderes comprometidos com soluções reais ou permitir que mais quatro anos se passem sem mudanças significativas na vida dos cidadãos. O futuro do abastecimento de Juatuba depende disso — será “mais do mesmo” ou haverá finalmente uma luz no fim do túnel?
Para responder a essa pergunta e buscar soluções efetivas, perguntamos aos candidatos. Cada um apresentou como lidar com essa crise hídrica que afeta principalmente os bairros mais periféricos, como Francelinos, Boa Vista da Serra, Samambaia II e o assentamento Santa Fé.
Mestre Israel
Onde tem protesto, Mestre Israel está presente com o microfone ativo da TV Utilidade de Juatuba. Mas como prefeito, o que ele faria? Em resposta ao Jornal, ele diz que envolveria a comunidade e passaria a bola para o Ministério Público. Ele defende a criação do Conselho Gestor de Juatuba reunindo Ministério Público, associações comunitárias, Conselho da Juventude, CDL, OAB, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Municipal, que incluiria representantes da Copasa, Cemig, Câmara dos Vereadores, Ministério Público, associações comunitárias, imprensa, pastorais e outras entidades locais. Segundo Israel, todas as demandas da população seriam discutidas neste conselho e levadas à Promotoria Pública para análise legal e busca por soluções junto ao poder Executivo. “É fundamental que todas as partes envolvidas dialoguem e trabalhem em conjunto para resolver os problemas da cidade,” afirma.
Maísa Aquino
Já Maísa, afirma que se eleita, ela e sua vice Denise Navarro estão comprometidas em resolver a questão da falta d’água na cidade. “Sabemos que essa é uma preocupação antiga e urgente da nossa cidade. Nosso plano prevê um diálogo constante com a Copasa, mas não vamos parar apenas nas negociações, ” destaca. Ela propõe o acompanhamento rigoroso das metas da empresa e sugere a implementação de um plano emergencial para as áreas mais afetadas. Além disso, Maísa promete mobilizar recursos estaduais e federais para melhorar a infraestrutura de captação e distribuição de água. Ela se compromete até a rever a concessão do serviço à Copasa. “Estudaremos a revisão do contrato e, até mesmo, a criação de um sistema autônomo de abastecimento”, diz.
Gui Moraes
O candidato assegura que terá um enfrentamento constante com a Copasa para garantir o abastecimento adequado à população. “Até que isso ocorra, utilizaremos caminhões-pipa como medida provisória”, explica Gui. Ele enfatiza a importância da regularização fundiária como parte da solução para o problema da água em Juatuba e promete expulsar a concessionária se necessário.
“Em caso de não atendimento pela COPASA, lutaremos pela sua saída do município para trazermos uma empresa que garanta esse serviço”, declara. Caso a concessionária não cumpra, ele afirma que buscará “alternativas mais eficazes”.
Ted Saliba
Por sua vez, Ted propõe um diálogo ativo com a Copasa e destaca que fortalecerá as articulações políticas com a Câmara municipal e o Ministério Público para garantir que ações anteriores resultem em melhorias concretas ao serviço prestado. “Nosso objetivo é agir de maneira responsável e transparente, garantindo que cada cidadão de Juatuba tenha o acesso adequado à água, que é um direito básico”.
Célia Silva
A candidata não respondeu às perguntas até o fechamento desta edição.
