Balanço Geral da Record visita Creche Pintando o 7 que está há três meses sem repasses da prefeitura

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A novela que se arrasta há três meses com a falta de repasses da prefeitura à Creche Pintando o 7, após as eleições, foi tema de dois programas da Record nesta semana. A equipe do Balanço Geral esteve no local para entrevistar os pais das crianças que, desde o dia 11 de novembro estão sem aula. A matéria foi veiculada também no jornalismo da emissora.

Na porta da creche, que atende quase 100 crianças, um comunicado informa que as atividades só serão retomadas quando os repasses forem regularizados. Com um custo mensal de R$ 53 mil, o atraso nos pagamentos afetou não apenas o funcionamento da instituição, mas também os salários dos 13 funcionários, que seguem sem remuneração.

Em entrevista à Record, mães expressaram indignação e relataram como a paralisação impactou suas rotinas. Uma das entrevistadas, afirmou que precisou abandonar o emprego para cuidar do filho. “Eu não tinha com quem deixar, porque todos trabalham. Tive que escolher entre trabalhar ou pagar alguém que eu não conheço para ficar com meu filho. Preferi sair do serviço”, lamentou.
Outra mãe, conseguiu uma rede de apoio, mas se preocupa com a indefinição da situação. “Essa escola é muito boa e uma referência na cidade em termos de creche. Precisamos que tudo seja resolvido logo”, disse. Ela também criticou a postura do prefeito: “Ele é pai, é avô, deveria entender a situação.”

“Isso aqui tá parecendo briguinha de homem velho barbado. Uma palhaçada! Briguem lá dentro do gabinete, porque o povo não tem nada a ver com isso”, provou o repórter Asafe Alcântara.

Perseguição política

O vereador Léo da Padaria, um dos apoiadores da creche, esteve no local acompanhando as gravações. “Precisamos de uma solução agora, porque as mães não têm como ficar com as crianças em casa”, declarou o vereador.
Ao ser questionado pelo repórter sobre o desafio que o futuro prefeito enfrentará ao assumir o cargo em janeiro, Léo respondeu: “Sim, o desafio é muito grande. A cidade está jogada.”

Mais cedo, os familiares se reuniram com Ted Saliba, que assume a prefeitura a partir de janeiro e, em depoimento à reportagem, ele prometeu que sua gestão dará prioridade à regularização da creche. “Estamos assumindo compromissos com os pais que iremos fazer uma programação para que ano que vem para não acontecer isso mais”. No entanto, precisamos de uma solução agora, pois as mães não têm como ficar com as crianças dentro de casa”, ressaltou.

Nota da prefeitura


Em resposta à emissora, a prefeitura emitiu uma nota afirmando que a paralisação é consequência de uma “indisponibilidade momentânea de recursos”. A administração destacou que a creche é particular e que sua manutenção deve contar com o apoio de outros parceiros. No entanto, garantiu que está trabalhando para resolver a situação o mais rápido possível. A nota também ressalta que não há atrasos em outras creches municipais.