Vídeo mostra desperdício de água enquanto bairros sofrem com torneiras secas em Juatuba

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Moradores de Juatuba continuam enfrentando problemas com os serviços prestados pela Copasa. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais esta semana, um morador denuncia um vazamento que estaria desperdiçando água há, pelo menos, uma semana. Ele afirma que já acionou a empresa diversas vezes, mas nenhuma providência foi tomada. “Já tem uma semana que estou ligando para a Copasa e nada. Olha o tanto de água indo embora! A rua já não tem asfalto”, disse enquanto mostrava a rua sem pavimentação e cheia de erosão. A situação mostrada no vídeo, segundo o morador, ocorre na Rua Sete, Núcleo 1, na altura do número 104.  No vídeo, a água jorra livremente, agravando ainda mais as condições da estrada de terra. “Alguém precisa fazer alguma coisa. Essa Copasa é um descaso!”, desabafou.

Outro morador reforçou a indignação e reclamou da demora no atendimento. “Parece que é um vazamento, mas ninguém veio aqui resolver. A Copasa nem apareceu no local”, afirma.

Problemas constantes

A insatisfação com a empresa não é novidade para os moradores de Juatuba. Além dos vazamentos, outros problemas frequentes são obras inacabadas que deixam esgoto a céu aberto e a falta constante de abastecimento em bairros como Francelinos e Boa Vista.

Na última semana, juatubenses relataram dias sem água nas torneiras. Reuniões com representantes da empresa já foram realizadas, mas sem soluções efetivas. A Copasa, por sua vez, alega que a falta de água em algumas regiões ocorre devido à gravidade, que afeta o sistema de distribuição e que impediria o abastecimento adequado em certos pontos da cidade.

Além dos problemas com vazamentos e falta de abastecimento, a dificuldade de acesso aos serviços da empresa também tem gerado revolta, como a matéria que publicamos na semana passada sobre a batalha que o cuidador de idosos Natanael Fernandes enfrenta para conseguir a religação da água em sua residência.

Após cumprir todas as exigências e passar por uma primeira vistoria, foi informado de que precisava fazer ajustes no padrão. “Meu pedreiro fez tudo certo, enviamos fotos para a Copasa e eles vieram vistoriar. Mas disseram que algumas medidas estavam erradas. Fizemos as correções e passamos por uma nova vistoria”, explicou.

No entanto, mesmo com a aprovação na segunda vistoria, a instalação do hidrômetro foi barrada novamente. “Dessa vez, disseram que a numeração do padrão estava fixada de forma incorreta. Mas a planilha de orientação deles não especifica nada sobre isso. Agora, vieram aqui e falaram que as letras estavam no lugar errado. Como assim?”, questionou.

Sem conseguir resolver o problema diretamente com a Copasa, Natanael decidiu recorrer ao Ministério Público. “Tive que fazer uma denúncia, porque ninguém toma providência”, afirmou.