Rede municipal de Mateus Leme tem nota acima da média no SIMAVE

0
810

Diretoras creditam melhora ao trabalho e planejamento executado junto das equipes da Secretaria de Educação; Desempenho das Escolas de Juatuba ficou abaixo do verificado no ano anterior

Durante toda a vida acadêmica, um aluno será submetido a exames diversos e as provas costumam ser o meio mais comum para verificar o nível de aprendizagem dos estudantes. Em um desses testes, as escolas municipais de Mateus Leme se destacaram. O Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública (SIMAVE) tem como objetivo identificar necessidades, problemas e demandas do sistema e das escolas, auxiliando no planejamento de ações em diferentes níveis e momentos que objetivam a melhoria da educação pública.

Os testes do SIMAVE foram aplicados em novembro de 2019 e avaliaram cerca de 770 mil crianças e jovens, da rede estadual e redes municipais de Minas Gerais. Os estudantes foram avaliados nos componentes de Língua Portuguesa e Matemática. Por meio do Programa de Avaliação da Alfabetização- PROALFA, foram avaliados os estudantes concluintes do 2º ano do ensino fundamental. Já no Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica – PROEB, foram avaliadas as etapas finais do Ensino Fundamental – 5º e 9º anos – e do Ensino Médio – 3º ano.

Em Mateus Leme, as escolas administradas pelo município contam com turmas da educação infantil ao 5º ano. As notas dessas turmas nas provas aplicadas em 2019 superaram os resultados do ano anterior e colocaram a média da cidade acima da média estadual. Nos testes de português, por exemplo, a nota do 2º ano foi de 574,5, enquanto em 2018 a média foi 551,3. Em matemática, o crescimento também foi significativo, passando de 544,9 em 2018, para 566,7 em 2019. No caso dos alunos do 5º ano, os resultados de língua portuguesa, foram ligeiramente menores que os obtidos na prova anterior, sendo de 221,6, mas ainda assim superaram a média estadual. Em matemática, as notas aumentaram de 230 em 2018 para 232,4 em 2019.

O porquê da melhora? Duas diretoras da rede municipal explicam. Maria Aparecida Diniz, responsável pela escola Maria Guaraciaba Passos, no bairro Imperatriz, credita as boas notas ao trabalho conjunto feito com a equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação. “Melhorou sim, devido ao trabalho da equipe pedagógica, que vai nas escolas, avalia, dá um retorno para a gente sobre os itens que precisam melhorar e nós, fazemos o trabalho em cima destes dados”, detalhou.

Taísa Fonseca, diretora da escola Hélen Jaqueline de Souza, em Azurita, também acredita que os bons resultados das instituições são fruto de planejamento e construção de um trabalho em grupo no município. Ela conta que há alguns anos mudanças foram sendo executadas e influenciaram inclusive a forma de aplicação das provas. Antes, alunos com necessidades especiais de aprendizagem não tinham essas peculiaridades reconhecidas em provas externas, o que prejudicava o rendimento dos estudantes. Agora, com exames elaborados de acordo com a realidade do aluno, o trabalho final fica mais completo.

“Tenho certeza que, um dos fatores principais dessa melhora, é o compromisso e a vontade de todos os profissionais da educação de buscar melhorias no ensino e aprendizagem. Uma coisa também que mudou bastante no nosso município foi a sequência didática das atividades. A gente percebeu que antes existiam atividades soltas, agora temos uma rotina rigorosa para que os alunos possam assimilar e dar sequência ao conteúdo. Outro ponto que acho muito válido e importante é que a Secretaria de Educação faz uma avaliação com todos os nossos alunos, desde a educação infantil até o 5º ano e o retorno deles para a escola é muito rápido. Através desse retorno a gente faz a retomada das atividades, faz novos planejamentos, para que não fique nada para trás”, analisou Taísa.

Sobre o futuro, ambas diretoras concordam que as aulas remotas podem sim atrapalhar os resultados. “É um trabalho que veio crescendo aos pouquinhos e fomos vendo o resultado. Devido à pandemia, não são todos os alunos que têm facilidade para a execução das tarefas e também para a tecnologia. Mas estamos entregando todas as atividades para as famílias, indo atrás e dando assistência”, explicou Aparecida. “Nós estamos trabalhando com muita garra para que o impacto seja o menor possível. Seria utopia dizer que não haverá prejuízo na aprendizagem, até porque tem uma lei que não nos permite inserir matérias novas. Mas o que estamos fazendo é ir graduando as dificuldades das atividades e, com isso, vamos evoluindo. Minha escola terá prejuízo, mas será bem menor do que a gente imaginava, porque estamos trabalhando para isso”, completou Taísa.

Resultados em Juatuba

As notas dos alunos da rede municipal de Juatuba tiveram ligeira queda em relação ao ano anterior, levando em consideração a média da cidade. No caso das provas de matemática, os alunos do 2º ano conseguiram avançar, atingindo a nota de 566,9. Em 2018 o resultado foi de 554,8. Já em português, a nota foi de 571,0 em 2018, para 566,8 em 2019. Nas duas disciplinas, as escolas juatubenses ultrapassaram o resultado mineiro no total.

A queda nas notas foi mais expressiva quando observados os resultados do 5º ano, que fazem as provas do PROEB. Em Língua Portuguesa os alunos obtiveram média de 216,6, enquanto no ano anterior o resultado foi de 227,1. Já nas provas de matemática, a nota foi 231,9, redução de 4,7 pontos em relação ao exame passado. Apesar disso, o município ficou acima da média estadual nessa matéria.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

dezenove − 17 =