Problemas de falta de infraestrutura do bairro Paraíso continuam sem solução

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A situação dos bairros periféricos de Mateus Leme é amplamente conhecida na cidade e já foi tema de diversas matérias no Jornal de Juatuba e Mateus Leme. São crateras, ruas sem a mínima condição de tráfego e muita poeira. Este cenário de abandono torna muito difícil a vida de moradores de comunidades que já têm acesso limitado a serviços básicos como água, energia elétrica e esgoto.

Reclamações não faltam. Em janeiro, os moradores do bairro Paraíso pediram à reportagem que fosse até o local conferir a falta de condição das ruas que estão intransitáveis. A situação foi retratada e, até hoje, nenhuma providência foi tomada. As principais vias da região são todas de terra e continuam intransitáveis. Quem mora no bairro, teme pela própria vida, uma vez que devido à situação das ruas, os carros estão tendo dificuldade transitar e, em caso de necessidade médica, o socorro pode não chegar.

Muitos problemas

O bairro Paraíso existe há mais de 30 anos. Os lotes na região são vendidos até hoje, mas a comunidade não tem acesso a água. O morador Paulo Márcio Pereira conta que a população está cansada das condições humilhantes com as quais tem que conviver. O carro de Paulo, por exemplo, está com problemas mecânicos após cair em um buraco aberto por ocasião das últimas chuvas. Ele diz que tentou procurar pessoalmente o prefeito Renilton Coelho, mas encontrou a Prefeitura fechada. Paulo relata que queria expor a situação de abandono da comunidade, principalmente a questão da falta de água. “Mesmo após nossa denúncia ao jornal, nada foi resolvido até hoje. A gente já não tem nada, nem a água; não estamos pedindo escola, nem posto médico, só água e nem isso a gente tem. E com as ruas do jeito que estão, nem o caminhão-pipa tem condições de subir aqui para abastecer as casas”, desabafou o morador.

Paulo contou à reportagem que os moradores se reuniram para tentar encontrar uma solução, mas a situação é muito complicada e atinge inclusive a principal avenida da comunidade, que dá acesso às vias que levam ao Centro. “Eu acho que a pessoa quando se propõe a um cargo público, de antemão, deve conhecer os problemas da cidade e ter um plano para ajudar no que é mais necessário. Nosso caso é questão até de risco de morte, pois não temos como sair do bairro com nossos carros e nem pedir um táxi, se houver necessidade de acudir alguém. Estamos numa área urbana e não temos condições de chegar ao centro da cidade”, fala indignado.

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