O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus (PV), recebeu prefeitos de 20 municípios do Vale do Rio Paraopeba, entre eles, o de Mateus Leme, Dr. Renilton Coelho.
Os gestores das cidades diretamente atingidas pelo rompimento de barragem da Vale, em Brumadinho, criticaram a indefinição da mineradora quanto ao uso dos R$ 2,5 bilhões destinados para obras nos municípios. O principal entrave, segundo os prefeitos que estavam presentes na reunião, é que a Vale não iniciou as obras de reparação e, muito menos, definiu um cronograma para executá-las.
Com isso, os municípios sequer têm condições começarem os procedimentos burocráticos, necessários para a concretização das obras, pois não sabem se de fato a mineradora realizará esses serviços ou se as prefeituras terão que arcar com as despesas.
Os valores em questão não fazem parte do crédito suplementar ao Orçamento do Estado, apreciado pela ALMG, quando o Legislativo definiu o repasse direto aos municípios de R$ 1,5 bilhão. O montante de R$ 2,5 bilhões está incluído entre as chamadas “obrigações de fazer da Vale”, ou seja, são investimentos com os quais a mineradora se comprometeu a fazer a título de reparação pela tragédia de Brumadinho.
Após ouvir os prefeitos, Agostinho Patrus reafirmou informou que será marcada reunião com representantes das instituições que assinaram o acordo e, ainda, com a participação da ALMG e de uma comissão formada pelos prefeitos de Juatuba, Três Marias, Pará de Minas e Papagaios. “É importante definir um cronograma de obras e obter uma forma desburocratizada e ágil de liberar os recursos”, destacou.