Troca de farpas: presidente da Liga Esportiva acusa servidora de desvio de função

“Essa senhora se referiu a mim como representante do sindicato, não enquanto presidente da Liga Esportiva. Isso pode gerar crime de improbidade administrativa até para o gestor”, afirma Geraldo

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O embate entre a prefeitura e a Liga Eclética Esportiva de Juatuba parece não ter fim. Já vieram a público diversas denúncias feitas pelo Presidente da entidade, Geraldo Ricardo Lima e contestações da servidora Luana Rezende, que até pouco tempo, integrava a comissão de fomentos da administração, responsável pelo repasse de recursos do Governo Municipal, Estadual e Federal a entidades do município.

Esta semana, o embate rendeu novas acusações por parte do presidente da Liga Esportiva, Geraldo Ricardo Lima. Após a servidora ter ido ao plenário do Legislativo e afirmar que havia diversas irregularidades na prestação de contas da entidade, Geraldo voltou a participar da reunião dos vereadores e denunciou a servidora de “estar em desvio de função” na prefeitura. “Desvio de função é crime, segundo a legislação e pode ocasionar improbidade administrativa para o próprio gestor. A prefeitura está cheia casos como o dessa servidora. Gente que fez concurso para estar em uma função e exerce outra, recebendo gratificação, hora extra ou algum lucro escuso por estar em desvio de função. Isso vai ser apresentado ao Tribunal de Contas e ela, o gestor ou até mesmo o Controle Interno da prefeitura terão que devolver dinheiro aos cofres públicos”, prometeu.

Ainda segundo Geraldo, a servidora começou a perseguir a Liga Esportiva porque ele, enquanto presidente do Sindserj, negou integrar o pai dela ao plano de saúde do Sindicato. “O pai dela não tem direito ao plano de saúde porque a lei não permite. O meu pai também não é beneficiário do meu plano de saúde, pois sou servidor efetivo. Se eu aceitasse ir contra a lei, seria preso. Assim que houve a negativa de integrar o pai dela ao benefício do Sindicato, a servidora se desfiliou da entidade e começou a perseguir a Liga. Eu não compactuo e não represento quem quer fazer coisa errada”, disse.

Geraldo Ricardo ainda reiterou na tribuna do Legislativo que todas as prestações de contas da Liga Esportiva estão corretas e que os vereadores tentaram intermediar uma conciliação entre a prefeitura e a entidade, no entanto de nada adiantou. “Agradeço aos parlamentares que tentaram ajudar a Liga e os trabalhadores da entidade. Se a prefeitura não quer mais repassar recursos, paciência. Eles devem pagar o que é devido e, na sequência podem e devem repassar o recurso que seria nosso para outras entidades que também merecem. Se misturaram política com a questão, paciência. Há muitas Associações que precisam e nunca conseguiram recursos”, finaliza Geraldo.

“Denúncia contra a Secretária de Saúde também contribuiu para perseguição”

O Jornal de Juatuba e Mateus Leme entrou em contato com Geraldo Ricardo de Lima, questionando sobre o motivo dos diversos embates trazidos a público na tribuna da Câmara. Segundo ele, além da questão pessoal relacionada ao pai da servidora, outro fato que contribuiu para a perseguição a ele e à entidade que preside foi a denúncia de assédio moral, feita contra a Secretária de Saúde, Amélia Augusta. “A partir do dia que estive na Câmara como presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, começou a perseguição. O prefeito não aceita ser contrariado e nem contestado. Mas eu reafirmo que com coisa errada eu não compactuo”, desafiou.

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