Associação de bairros vai entrar com Ação Civil Pública contra Prefeitura

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Os bairros Tiradentes, Atalaia, Coqueiral e Paraíso nunca tiveram infraestrutura, saneamento básico, asfalto ou calçamento. De acordo com o vice-presidente da Associação, Paulo Márcio Pereira, os moradores são obrigados a conviver com situações degradantes e indignas. “Também não temos água nas torneiras e o abastecimento é feito apenas através do caminhão pipa. E são apenas três caminhões para atender todas as comunidades”, conta.

Em 2013, para tentar sanar o problema da falta d`água, Paulo Márcio encaminhou projeto para a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) em Brasília, solicitando a instalação de um poço artesiano para atender às comunidades. A instituição aprovou o projeto e liberou recursos de R$55 mil para a obra. “Infelizmente, o projeto que iria beneficiar 1.260 famílias não saiu do papel. Fui até o prefeito Dr. Renilton e, segundo ele, o dinheiro veio e voltou para o governo porque nem a prefeitura e nem a Copasa quiseram assumir a distribuição da água na região”.

Há anos os moradores não se cansam de fazer pedidos para que a prefeitura resolva os problemas que afligem as comunidades. Também, fazem denúncias pela imprensa e registram as solicitações na ouvidoria do município, mas os problemas nunca foram resolvidos. “Já tentamos de tudo, inclusive sou perseguido porque cobro providências. Somos obrigados a pagar impostos e não vemos o dinheiro investido em qualquer benfeitoria para as pessoas da nossa região. Por isso, a Associação pretende colher cinco mil assinaturas dos moradores e ingressar com uma ação civil pública contra o município”, disse Paulo.

Novos planos

A Associação Comunitária dos bairros Paraiso, Atalaia e adjacências, existe desde 1993 e surgiu depois que um empreendedor implementou o loteamento e construiu um clube com campo, piscina e lagoa, para atrair investimentos. No entanto, o proprietário abandonou o negócio e os moradores propuseram criar uma associação para administrar o local. De acordo com o Paulo Márcio, nos últimos anos, a entidade ficou parada e o clube foi invadido por traficantes e usuários de drogas.

Ele conta também que pretende associar cerca de 1.500 moradores ao clube e promover diversas atividades para a população como escolinha de futebol, aulas de natação e oficinas. “Já fizemos diversas intervenções estruturais no clube, arrumamos a piscina e a parte elétrica que havia sido furtada. O intuito agora é cobrar melhorias para toda região”, finaliza o vice-presidente da entidade.

As assinaturas já começaram a ser recolhidas e a expectativa é que duas mil pessoas assinem o documento. Quem quiser assinar pode entrar em contato pelo telefone (31) 997235208.

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