O ex-vereador Mário Lúcio Vilaça, conhecido popularmente como “Mário Imbondos”, autor do livro, assegura que tem conhecimento e vai contar as histórias mais escandalosas dos bastidores da política da cidade. “Ao longo de 20 anos de vida pública, atuando na Câmara desde 1962, conheço as histórias políticas de Mateus Leme e pretendo revelar em um livro todos os movimentos, falcatruas, enriquecimentos ilícitos praticados por ex-prefeitos e outros políticos que são milionários, até a quinta geração. A história é fantástica e sei que vou angariar pelo menos dez processos após o lançamento da obra”, revelou ex-vereador.
Segundo o ex-vereador “diversas pessoas aguardam o livro que tem alguns patrocinadores”. Mário conta também que vai trazer na obra depoimentos de políticos, vereadores e tudo que aconteceu nos bastidores da política na cidade. “Vou contar a história real que tem muita coisa pesada e sei que os fatos revelados irão abalar Minas Gerais. Nessa cidade, os frutos colhidos foram única e exclusivamente para enriquecimento de familiares de ex-prefeitos. E mais: Mateus Leme é a única cidade que tem viúva de ex-prefeito recebendo salário de prefeitura”, afirma Mário.
“Eu terminaria a obra no final do ano passado, mas a atual administração abriu margem para escrever mais”
O ex-político disse à reportagem que pretendia encerrar a obra no final do ano passado e que o lançamento seria este ano, mas “os últimos 10 meses da atual administração abriram margem para contar mais fatos do que os ocorridos há 20 anos. Esse mandato tem mais coisas a serem contadas que os escândalos que ocorrem na cidade desde 1962. Só existe um prefeito que entrou pobre, saiu pobre e cheio de processo, que é o senhor Niceu Apolinário, de Azurita. Mas todos os outros saíram milionários, sobrou dinheiro até para sobrinho, genros e cunhadas, que são donos de grandes empresas hoje. São muitos escândalos, como prefeito gastando em cassinos e mala de três milhões de dólares debaixo da cama”, afirma o ex-vereador.
Errata
Na edição 631 do dia 09 de outubro noticiamos que o ex-vereador contou sobre uma mala de três milhões de dólares. Por um erro de entendimento, considerou-se na matéria, que a quantia havia sido encontrada na Câmara de vereadores, no entanto, em contato posterior de Mário Imbondos, foi informado que a mala havia sido “encontrada debaixo da cama”, fato este, segundo ele, confirmado por um advogado de um político.
