Ao contrário de Juatuba e Mateus Leme, prefeitura de Bom Despacho anula contrato com COPASA

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A Copasa coleciona reclamações em relação à prestação de serviços em Juatuba e Mateus Leme. Os consumidores se queixam dos constantes problemas de interrupção no fornecimento de água e da má qualidade do líquido que sai nas torneiras. Outra questão que sempre coloca a concessionária na pauta dos cidadãos dos municípios é a falta de investimentos em obras de extensão da rede de água e esgoto.

As queixas deram origem a uma Comissão Parlamentar de Inquérito em 2020, na Câmara de Juatuba, cujo relatório final alegando irregularidades no cumprimento do contrato da Copasa com o município foi enviado ao Ministério Público. 

As demandas pendentes contra a concessionária envolvem ainda ações da Prefeitura que tramitam na justiça. Porém, apesar da insatisfação da maioria da população, o prefeito Adônis Pereira afirmou recentemente que continuaria com o contrato e que tentaria manter o diálogo com a empresa.

Em Mateus Leme, a Copasa também é alvo de uma CPI para apurar as denúncias de má prestação de serviços feitas pela população e o relatório parcial dos vereadores também apontou irregularidades. E sobre a manutenção ou não da concessão da Copasa no município, o prefeito, Dr. Renilton Coelho, apesar de ter anunciado o encerramento do contrato com a estatal, não tomou providência prática e declarou que o processo não depende apenas dele. “Preciso do apoio do Ministério Público e também do Legislativo”, afirmou. 

Coragem

Ao contrário de Juatuba e Mateus Leme, onde os prefeitos continuam sem se posicionar de forma assertiva e prática sobre o problema de abastecimento à população, Bom Despacho declarou nulo o processo licitatório, em que a Companhia de Saneamento de Minas Gerais foi contratada para prestação de serviço de saneamento básico no município.

A decisão do prefeito da cidade, Doutor Bertolino (AVANTE), levou em consideração um processo administrativo instaurado pela Prefeitura e os autos de uma CPI que constatou diversas irregularidades na prestação de serviços feita pela companhia. A decisão ainda é passível de recurso pela Copasa.

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