Mais uma vez os cidadãos de Mateus Leme acionaram a reportagem para denunciar o “péssimo atendimento e falta de tratamento médico adequado dos idosos do município”. Relatos angustiantes também têm sido compartilhados pelas redes sociais e um deles foi trazido à nossa reportagem. Castorina Santos, de 62 anos, confirmou que teve que fazer o exame da Covid-19 particular, pois as agentes do Posto de Saúde de Azurita afirmaram que ela “não estava dentro dos critérios para realização do exame”.
“Tenho 62 anos, sou anêmica, mas atendo em domicílio dois idosos. Também tenho um neto cardiopata, duas primas com comorbidades, que precisam ser resguardadas. E para minha surpresa, fui informada que não me enquadro nos critérios das pessoas a serem testadas”, relata.
Castorina disse que procurou a responsável pela coordenação das Unidades de Saúde do município para obter uma explicação, no entanto, a mesma não havia ido trabalhar. “Não podemos permitir e nos calar diante dessas barbaridades. Isso é cruel, desumano e insano. Falo com conhecimento de causa, porque vivi dentro da área da Saúde por mais de 30 anos, onde os recursos, materiais e equipamentos não eram nem um terço do que são hoje. Porém, jamais presenciei tamanha irresponsabilidade com a doença e os doentes”, completou.
Maria Oliveira, filha de um senhor de 75 anos, também reclama das aflições que os doentes têm que enfrentar em Mateus Leme. Ela relata que chegou com o pai, que estava com muita tosse, dor no peito e febre à Unidade de Pronto Atendimento e que a espera para o atendimento foi angustiante. Quando ele foi atendido, a médica passou diagnóstico de enfisema pulmonar sem realizar exame, receitou uma bombinha e nos mandou para casa”, reclamou.
