A eleição para prefeito em Mateus Leme foi muito disputada e cheia de polêmicas. Entre acusações e burburinhos, o juiz eleitoral da comarca resolveu se pronunciar no fim de ano, esclarecendo a atuação da justiça e foi enfático ao afirmar a ausência de denúncias formais sobre possível compra de votos. Eis que um novo ano começou e a situação continua a se desenrolar.
No primeiro dia de 2021, a coligação “Por amor a Mateus Leme”, representada pelo Partido Progressistas, entrou com uma ação pedindo a impugnação do mandato de Renilton Coelho, alegando compra de votos e abuso de poder econômico por parte do prefeito eleito. De acordo com informações apuradas pela reportagem, a ação apresenta testemunhas e várias evidências dos crimes.
A eleição do médico nascido no norte de Minas foi cercada de controvérsias que envolveram desde processos em que Renilton figura como réu, a festas com dezenas de pessoas em meio à pandemia e falas polêmicas de correligionários que zombaram e questionaram a justiça. Do lado da oposição, a acusação de compra de votos por parte do prefeito eleito também repercutiu, e as denúncias teriam sido feitas primeiramente pela Coligação Vamos à Luta, do candidato Marlon Aurélio.
Com a protocolização da denúncia, o PP formaliza o pedido de cassação do mandato de Renilton e a convocação de nova eleição. A ação corre em segredo de justiça como forma de resguardar as testemunhas. São enumeradas na denúncia atividades de abuso de poder econômico por parte do então candidato e membros de sua campanha, que com isso efetuaram ou propuseram a compra de votos dos eleitores. O pedido será agora avaliado e investigado pela Justiça Eleitoral com base na documentação apresentada.