A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil contabilizou 402 cidades em situação de emergência em Minas Gerais por causa das chuvas, o que representa 47% dos 853 municípios mineiros. Já o número de desabrigados chega a 7.735, 1.071 a mais em comparação com o último sábado. Nesta última semana, o aumento do total desalojados também foi expressivo. Foram 2.792 novos registros, passando de 45.815 para 48.607.
Juatuba teve cerca de 200 pessoas desalojadas e a prefeitura ainda está contabilizando os prejuízos. O prefeito Adônis Pereira (Patriota), em entrevista a uma emissora de rádio, considerou que serão necessários cerca de R$ 20 milhões para reconstruir a cidade e consertar os estragos provocados pela enchente. “Pontes e ruas foram destruídas. Coisa que eu nunca vi igual. Todos têm a mesma concepção: foi a maior enchente de toda história da cidade”, afirmou.
Adônis disse ainda que serão necessários vários meses para a recuperação de pontos destruídos pelas chuvas e que a prefeitura continuará fazendo a limpeza das ruas com caminhões-pipa. “Estamos lavando as casas e ruas. Detectamos que muitas vias precisarão ser totalmente recuperadas porque o asfalto acabou”, explica.
A enchente do Rio Paraopeba também causou transtorno com a interdição da MG-50, que liga Juatuba a Betim. O trânsito precisou ser desviado para o bairro Satélite, um dos mais populosos do município e, segundo o prefeito, o “desvio trouxe vários problemas e mais buracos nas vias. O Centro também foi atingido com a sobrecarga de trânsito provocada pelo desvio”, detalhou.
Outro grave problema trazido pelas enchentes foi a danificação da ponte que liga o Centro da cidade ao bairro Cidade Nova. A população ficou ilhada e o rompimento de uma adutora da Copasa também deixou oito mil pessoas sem água por quatro dias.
A maior parte das pessoas que ficaram desalojadas tiveram que se instalar momentaneamente na Escola Municipal Padre Moacir, mas muita gente já retornou para casa, com exceção das que tiveram os imóveis interditados pela Defesa Civil. Nossa reportagem tentou contato com a prefeitura para saber sobre o número exato de casas interditadas, mas não obteve resposta.
Sem resposta
A reportagem encaminhou vários questionamentos à prefeitura de Juatuba sobre qual o planejamento de reconstrução da cidade, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.
Mesmo tendo sido menos atingida, Mateus Leme também decretou estado de calamidade pública. A reportagem também encaminhou os questionamentos para a assessoria de comunicação, mas também não houve resposta.
