Com o Transjuá funcionando de maneira precária e deixando muito a desejar quando o assunto é trânsito, o prefeito Adônis Pereira agora está resolvido a criar o Estacionamento Rotativo em Juatuba que vem junto com mais uma taxa para a população pagar.
A proposição do chefe do executivo foi protocolada na Câmara essa semana e já gera polêmicas. Segundo a população que se manifestou pelas redes sociaais, a cidade que tem pouco mais de 30 mil habitantes “não tem estrutura viária, e tampouco capacidade para a implementação de um estacionamento rotativo”.
De acordo com a proposta, a pretensão é implementar nas principais vias da cidade, uma espécie de Zona Azul rotativa, com o objetivo de trazer mais facilidade na hora de estacionar, fluidez no trânsito em áreas comerciais, além de mais segurança e conforto aos usuários”.
Entre políticos e populares, a informação é que o prefeito pretende “copiar” o que foi feito no município vizinho, Itaúna, onde a Câmara autorizou a implementação do rotativo na cidade e ainda foi aprovada a concessão à uma empresa especializada no serviço de cobrança. Na própria reunião, o presidente do legislativo, Laécio do Silvestre, sugeriu convidar a gerente de trânsito de Itaúna para participar da tribuna, para explicar como o sistema funciona na cidade.
“Copia e cola”
Em Itaúna, o ZAR- Zona Azul Rápida, funciona desde 2020, em cerca de 52 ruas, sendo administrado pela empresa IT2B. No entanto, o sistema é alvo de inúmeras reclamações de usuários, que não conseguem comprar tíquetes por talão, já que a cobrança é feita digitalmente.
Na teoria parece prático, no entanto, o sistema até hoje não caiu no gosto popular. De acordo com internautas, Adônis fez uma espécie de “copia e cola” no projeto do município vizinho, sem executar qualquer estudo de caso para implementação do sistema em Juatuba.
Em decadência
Fontes ligadas à reportagem confirmaram que a empresa IT2B está prestes a entregar a concessão do rotativo à Prefeitura de Itaúna, porque não está conseguindo obter lucros reais com o sistema ZAR.
Passados três anos da concessão, o que se vê na cidade é uma realidade muito diferente do que foi proposto pela empresa que administra o rotativo. A solução anunciada à época, tornou-se um grande problema para os itaunenses.
Informações obtidas pela reportagem dão conta que a IT2B solicitou um aporte financeiro do município para a continuidade dos trabalhos, mas que a prefeitura teria negado, com base no disposto em contrato. “Eles estão prestes a entregar a concessão em Itaúna, só não entregaram devido ao alto valor da multa contratual”, alegou uma fonte ligada ao Jornal.
A reportagem tentou contato com a prefeitura de Juatuba, para saber se existe a possibilidade de oferecer a concessão do estacionamento rotativo à uma empresa privada, no entanto, não obtivemos respostas.
