Aedes modificado é aposta da Saúde para controlar a dengue

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Juatuba e Mateus Leme já somam sete possíveis casos da doença

Apenas neste mês de janeiro, Juatuba já registrou cinco casos prováveis de dengue, enquanto Mateus Leme está ainda com dois prováveis casos da doença, de acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Em Minas, já foram registrados 677 possíveis casos, além da suspeita de uma morte.

As cidades seguem, ainda, com a incidência baixa, mas o risco de uma nova epidemia é alto. E, os números alarmantes da doença mobilizaram o governo do Estado a anunciar uma iniciativa que visa ao controle da epidemia: a construção de uma biofábrica, onde serão produzidos mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão dos vírus da dengue, febre amarela, zika e chikungunya entre insetos.

Inicialmente, de acordo com a SES, os mosquitos modificados irão atender 23 municípios da bacia do rio Paraopeba, incluindo Juatuba, afetados pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho. Além dos mosquitos modificados, o governo tem outras estratégias para combater a dengue e garante que, pelo menos R$ 4 milhões, foram destinados para a compra de insumos, como aerossóis e bombas de pulverização.

A construção da biofábrica não teve data de início das obras nem local divulgado, mas tem um investimento previsto de R$ 64 milhões, recursos garantidos por decisão judicial junto à mineradora Vale. A estimativa é que, nesta primeira fase, sejam liberados 25 milhões de mosquitos Wolbachia semanalmente.

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