Primeiro mês do ano já tem três possíveis casos em Mateus Leme
As fortes pancadas de chuvas, decorrentes das altas temperaturas do verão geram, nesta época, o risco de acúmulo de água. Com isso, aumentam as chances de proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. No último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, Mateus Leme está com três casos prováveis de dengue.
Segundo o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), Mateus Leme apresentou um status satisfatório, com 0,3 e os maiores focos do mosquito foram encontrados em depósitos de água. Já a situação de Juatuba é mais complicada e com o LIRAa em 4, o risco de epidemia no município é iminente.
Em 2019, Juatuba e Mateus Leme decretaram situação de Emergência em Saúde Pública devido à alta incidência da doença das cidades e receberam recursos do Estado para mobilizar recursos de forma mais ágil para enfrentamento do Aedes aegypti.
O alerta para o perigo de epidemia em toda a Região Metropolitana foi emitido esta semana pelas autoridades sanitárias com destaque para a possibilidade de ressurgimento do tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular no fim do ano de 2018, depois de 10 anos sob controle, e desde então, vem encontrando populações suscetíveis à doença.
O pico de ocorrência da dengue acontece nos meses de março, abril e maio, quando os casos aumentam consideravelmente. No entanto, os números registrados este ano já são quatro vezes maiores do que os do mesmo período do ano passado. Nos primeiros 14 dias de janeiro, foram registrados 677 casos prováveis de dengue, o que corresponde a uma média de 48 infecções pelo vírus notificadas à saúde pública a cada dia. As autoridades investigam se a doença foi a causa de uma morte, mas ainda não há confirmação.
Cuidados e prevenção
A reprodução do mosquito pode acontecer em água parada, limpa ou suja. Por isso, é importante a eliminação de pneus sem uso, lixo e outros objetos que possam se tornar possíveis recipientes. Também é necessário verificar, regularmente, vasos de plana, cobrir, corretamente, as caixas d’água, fechar ralos pouco usados com plástico ou jogar água sanitária nesses locais, duas vezes por semana.
Caso precise viajar e ficar fora da residência por período prolongado, o morador deve adotar atitudes simples, como manter as calhas limpas, colocar garrafas de vidro vazias sempre viradas de cabeça para baixo, deixar as lixeiras bem tampadas e os ralos limpos, com tela protetora; verificar se as tampas de vasos sanitários estão abaixadas.
É importante, ainda, realizar o descarte correto de copos plásticos, embalagens, garrafas pet, tampinhas, sacolas plásticas, latas e quaisquer outros objetos que possam ser tornar lugares ideias para a reprodução do mosquito vetor.