O movimento de alguns moradores de Juatuba que antes era tratado com “chacota” por comissionados e contratados da prefeitura e chamado de forma irônica de “meia dúzia”, ganhou força e agora é integrado por mais de 40 cidadãos.
A história do movimento começou com a solicitação de audiência pública, para esclarecer sobre a polêmica implantação da taxa do lixo, além do aumento do valor do IPTU e ITBI. Seis pessoas solicitaram audiência e ocuparam a tribuna para protestar contra a criação e o aumento das taxas, mas como a galeria estava lotada de servidores comissionados e contratados, as lideranças foram vaiadas e começaram a ser tratadas ironicamente como o grupo “da meia dúzia”.
Após diversas críticas e deboches em grupos, redes sociais e no próprio plenário durante as reuniões, um dos integrantes do grupo ocupou a tribuna da Câmara para anunciar a criação do “Meia Dúzia”.
“Mesmo sendo apenas meia dúzia de pessoas, conseguimos paralisar o andamento dos projetos que até hoje não foram votados e o mais importante é que nosso movimento sensibilizou muita gente e hoje somos mais de 40 cidadãos lutando em prol de uma Juatuba mais transparente”, alegou o idealizador do movimento, Robson Soares de Teves, que é morador de Francelinos.
Robinho explica que o movimento surgiu a partir de integrantes da Associação de Agentes Voluntários do Brasil, que tem em Juatuba 60 integrantes e cujo objetivo é questionar e fiscalizar os gastos dos recursos públicos. “Praticamente todos do Meia Dúzia, são integrantes da AVB. Começamos confeccionando apenas oito camisas, passamos para 40 e agora temos a encomenda de mais 20, todos querendo uma Juatuba com política limpa e honesta”, revela.
Segundo Robson, o objetivo do movimento é fazer meia dúzia se transformar em pelo menos 100 pessoas, e ir crescendo a cada dia mais. “Pretendemos levar informações às pessoas que não tem acesso e corrigir os erros e falcatruas da política juatubense. Não vamos parar, e não adianta secretários ou integrantes da administração tentarem ameaçar os participantes do movimento com processos. Não iremos admitir de forma alguma a censura em nossa cidade. Levaremos a fiscalização à sério e continuaremos trabalhando junto ao Ministério Público e às instituições fiscalizadoras do país. Não vamos nos calar e omitir perante às possíveis irregularidades”, finalizou.
Nas fotografias: “Robinho”, Adão, Rose, Aloísio, “Dez”, “Fia”, Sonia, Helena, “Jairo do Saldão”, “Vává”, Gabriel, Ivone, Nucencio, Marli, Juscelene e o vereador “Marcos Leiturista”