A equipe de bocha paralímpica de Mateus Leme embarca para Uberlândia esta semana para participar do JIMI Paradesporto 2024. O time, formado por oito atletas, irá disputar a competição até a próxima segunda-feira, dia 3, com apoio da Prefeitura que está arcando com os custos de transporte, alimentação e acompanhamento técnico.
Os atletas fazem parte do treino da modalidade implementado na cidade em 2023, após o atleta PcD Emanuel Rocha, conhecido como Manu, se destacar no esporte. Por falta de oportunidades na cidade, Manu disputava pela equipe da ONG Pontinclusiva, em Betim. Mas em 2023, após consecutivas vitórias do jovem atleta, a prefeitura incluiu a prática esportiva que, atualmente, é oferecida gratuitamente pelo município.
Segundo o Secretário-adjunto de Esportes, Lazer e Turismo, Warley Gonzaga, o processo de inclusão também se tornou um novo direcionador de políticas públicas para artes de esportes no município. “A iniciativa da prefeitura, por meio da Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo, mostra que temos capacidade de apoiar e incentivar a prática esportiva também nas modalidades paraolímpicas. Estamos abertos para receber a todos”, enfatiza.
A modalidade
A bocha paralímpica, também chamada de bocha adaptada, é uma modalidade desenvolvida para permitir a prática esportiva de atletas com paralisia cerebral ou deficiências motoras severas. No Brasil, a bocha adaptada começou a ser praticada nos anos 1970 e estreou nos Jogos Paralímpicos de 1984.
No jogo, os atletas lançam bolas coloridas na direção de uma bola-alvo, chamada de “jack” ou “bolim”. A meta é posicionar as bolas coloridas o mais próximo possível do bolim, em uma disputa que exige precisão e estratégia. Os competidores, sempre em cadeiras de rodas, podem lançar bolas usando as mãos, os pés ou dispositivos auxiliares. As partidas são disputadas de forma individual, em duplas ou em equipes podem até quatro jogadores. Cada equipe tem direito a quatro lançamentos e o objetivo é acumular pontos ao posicionar as bolas coloridas perto da bola-alvo, sem lançá-las ao ar. Essa regra aumenta o desafio e a precisão, dando à bocha paralímpica um ritmo próprio, que combina técnica, estratégia e paciência.