Em Mateus Leme, os flagrantes de uso de veículos oficiais fora do horário de expediente e em atividades particulares têm sido frequentes e não faltam denúncias com imagens de carros identificados com a logomarca do executivo em diversos locais. Um registro enviado à reportagem mostra um veículo oficial próximo à moto-pista, durante a noite. Outro, mostra um carro da prefeitura esperando uma pessoa que supostamente fazia compras em um supermercado, no fim de semana.
Esta semana o assunto veio à tona na Câmara e o presidente da casa solicitou informações sobre todos os servidores que utilizam os veículos oficiais. Batata quer saber também o local e horário de trabalho de Fábio Martins Rocha, qual a função do servidor e qual a forma de controle do uso do veículo oficial utilizado por ele. Além disso, o vereador solicitou o comprovante de abastecimento do veículo utilizado pelo servidor nos últimos cinco dias.
Em outro pedido de informação, o presidente do legislativo questionou o vínculo empregatício de Welisson da Silva Romano com a prefeitura, o local e horário de trabalho dele, a função e a forma de controle do uso do veículo oficial de placa KXW2B69, utilizado pelo mesmo. O vereador também quer ter acesso aos comprovantes de abastecimento dos últimos cinco meses, além de cronograma de utilização do veículo pelo servidor nos fins de semana, feriados e horários não comerciais.
Veículo oficial no sítio do prefeito
Não é a primeira vez que o uso de veículos oficiais para fins particulares motiva reclamações da população e dos vereadores. Ano passado, um servidor terceirizado da administração denunciou o uso de uma caminhonete oficial, de maquinário e servidores públicos para realizar a limpeza do sítio do prefeito Dr. Renilton Coelho, em horário de expediente da prefeitura.
E para engrossar o coro das denúncias de uso do patrimônio público para fins particulares, um morador do bairro Paraíso, alertou recentemente sobre suposto uso de máquinas da prefeitura para a terraplanagem da via de acesso ao sítio do secretário de Administração, Fabrício Nuno Canguçu. O departamento jurídico da Câmara enviou os dois fatos ao Ministério Público para apuração das denúncias.