Brigadistas criticam imposições do Corpo de Bombeiros para atuação dos profissionais voluntários

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A onda de calor que paira sobre o Estado também traz o “combustível” para alimentar as chamas que devastam a vegetação em Juatuba e Mateus Leme. Para debelar as ocorrências, principalmente das queimadas que são parte do cenário desta época do ano, o Corpo de Bombeiros é sempre o primeiro a ser acionado pela população e a corporação ganha importantes aliados, com os brigadistas e voluntários. Já conhecidos e reconhecidos pela atuação em Mateus Leme, principalmente em defesa da Serra do Elefante, os brigadistas usaram as redes sociais para criticar as dificuldades impostas pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, para que eles desempenhem a atividade voluntária. Após a publicação de um vídeo com imagens do incêndio que devastou mais de três hectares em uma pastagem nas ruas Pereira Guimarães e Evaristo Martins, no bairro Central, o brigadista Jefter Alves comentou: “se os bombeiros não tivessem impedido as brigadas voluntárias de atuar, nada disso teria acontecido”.

Em coro com o colega, o brigadista Alexandre Gonçalves de Araújo, lamentou as ocorrências: “enquanto voluntários treinados, capacitados e experientes para combater incêndios florestais no estado inteiro não podem atuar, sob o risco de serem multados e até presos, os incêndios continuam”. Ele lembrou ainda “as exigências complexas do Corpo de Bombeiros”.

De acordo com as normas do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, para atuar no combate a incêndios florestais, os voluntários devem estar vinculados a uma instituição civil, pública ou privada, ou seja, as “brigadas”. Estas, devem atender a várias exigências de documentos, uniformes e veículos.

Em Mateus Leme, apesar de existir um grupo organizado para atuação no combate a incêndios florestais, ele ainda não possui registro junto ao Corpo de Bombeiros.

Em nota encaminhada ao Jornal de Juatuba e Mateus Leme, o Corpo de Bombeiros pontuou que i cumprimento da norma técnica é necessária para preservar a vida e a integridade física dos próprios brigadistas voluntários. “A nossa responsabilidade é proteger a todos, inclusive os próprios brigadistas, que atuam de forma voluntária para o bem comum da sociedade. Eles são grandes parceiros do CBMG, mas precisam se adequar às normas técnicas da corporação, para atuar com segurança”, afirmou nota.

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