Por ser um dos municípios afetados pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, Juatuba terá direito de receber R$ 116 milhões para a realização de obras, dentre elas a de construção do hospital, de Unidades de Saúde e ampliação manutenção e desenvolvimento do saneamento básico.
O projeto de lei para abertura de crédito especial no orçamento vigente da ordem de R$38.390.653,33, que estava sendo avaliado pelas comissões da Câmara desde o início de outubro, finalmente foi aprovado por unanimidade esta semana. Os recursos serão utilizados para aquisição de terrenos e construção e equipagem de cinco Unidades Básicas de Saúde nos bairros Icaraí, Serra Azul, Cidade Satélite, Canaã e Cidade Nova I.
De acordo com os vereadores, a projeção é que seja gasto em média R$20 milhões do total dos recursos. Já a aplicação do valor remanescente, de R$18 milhões, será discutida junto à comunidade com a realização de audiências públicas. Uma das possibilidades é que o restante do recurso seja utilizado na pavimentação da cidade e melhoria da policlínica.
Sete Unidades
A proposta inicial aprovada pela comunidade e divulgada amplamente pela prefeitura era a construção de sete Unidades Básicas de Saúde, no entanto, no último momento o projeto de lei pontuou que só serão construídas cinco Unidades. A prefeitura ainda não explicou a mudança no planejamento e os vereadores também não questionaram.
Área maior
Outro assunto debatido pelos vereadores foi com relação à desapropriação de uma área maior para alguns bairros, já que a prefeitura pretende desapropriar apenas três lotes em cada região. Quem levantou o debate foi o vereador Messias Leão. Segundo o parlamentar, a cidade tende a crescer e consequentemente a população aumentar, com isso a capacidade de atendimento das Unidades deve acompanhar este crescimento. “Muitos disseram ser cedo para falar em ampliações, mas como vamos fazer se as Unidades ficarem limitadas a apenas os lotes desapropriados. Eu sou a favor desse debate ser feito agora, antes mesmo da construção”, enfatizou.
Os vereadores Léo da Padaria e Jurandir dos Santos concordaram com o colega e enfatizaram a necessidade de discussão da aquisição de uma área maior para a construção das unidades de Saúde.
Já o presidente da Câmara, Laécio do Silvestre, disse que teve uma reunião com o prefeito e que pontuou a necessidade de serem adquiridas áreas maiores para que futuramente possa ser construída ou ampliada para uma UPA tipo 1. “Esse debate tem que continuar porque o dinheiro que é o mais difícil já temos”.
Fiscalização
O líder do prefeito, o vereador Jurandir dos Santos frisou que tanto as obras quanto a aplicação dos recursos serão fiscalizadas de perto pela Câmara, Ministério Público, Judiciário e pela própria Mineradora Vale. “Algumas pessoas ficaram de fora criticando onde estavam os R$38 milhões, talvez por maldade ou por desconhecer o processo. Tenho certeza que o prefeito dará muita transparência à aplicação desses recursos”.