Nesta semana, os vereadores de Mateus Leme decidiram manter a rejeição do Executivo para a proposta de lei de criação do Monumento Natural Serra do Elefante e o debate sobre o assunto tomou conta da pauta da reunião desta semana.
O projeto, apresentado há mais de dois anos pela vereadora Irene Maria de Oliveira, tinha o objetivo de transformar a Serra do Elefante em um monumento natural, garantindo sua proteção contra ações que poderiam comprometer a integridade ambiental e histórica. Antes da votação, a vereadora Irene fez um apelo sobre a importância da Serra do Elefante como patrimônio natural de Mateus Leme.
“É o projeto da maior envergadura que pode existir na vida de toda a região. O monumento Serra do elefante é algo que se for destruído, irá destruir também as nossas vidas. Então, o que nós buscamos é considerá-lo como monumento natural para garantir a sua proteção”, explicou.
A parlamentar também pontuou os estudos técnicos e jurídicos que embasam a transformação do local em unidade de conservação. “Temos um decreto municipal de 1982 que já regulariza a Serra como uma unidade de conservação, tendo como base estudos públicos que demonstram a relevância sociocultural, turística e ambiental do local. ”
Em defesa do projeto, a ativista ambiental Cleide Cândido, que já foi presidente da Associação dos Amigos dos Elefantes, usou a tribuna para tentar sensibilizar os parlamentares. Ela relembrou a luta iniciada na década de 1990 para proteger a área. “Em 1994, iniciamos os trabalhos para formalizar a Serra como uma unidade de conservação. Isso não é apenas um desejo nosso, mas um respaldo técnico de especialistas”, disse. Cleide também entregou aos vereadores documentos que comprovam as medidas técnicas e legais de criação do monumento, incluindo estudos ambientais e assinaturas de apoio à população.
“Já foram coletadas mais de 5 mil assinaturas querendo a preservação da Serra”, afirmou.
Apesar dos apelos, não foram atingidos o número de votos necessários para derrubar o veto do prefeito Renilton Coelho. “É um momento de tristeza, mas respeito a democracia. Ainda assim, faço um apelo para que esta Câmara, especialmente os reeleitos, assumam a missão de proteger a Serra do Elefante e dialogar com as instituições competentes, manifestou a vereadora Irene. ”