Um caminhão da coleta seletiva de Juatuba tombou na Rua Nova Serrana, no bairro Eldorado, assustando moradores e desencadeando uma série de problemas para a comunidade local.
Uma testemunha, que optou por não se identificar, relatou que a possível causa do acidente seria “um parafuso frouxo e a má soldagem do caminhão. Ao passar por uma rua esburacada, o baú oscilou, o que resultou na quebra e consequente tombamento”, relata.
De acordo com os moradores, o acidente provocou o despejo “de cerca de duas toneladas de lixo no local”. Felizmente, não houve feridos, mas os impactos da ocorrência foram sentidos de diversas maneiras.
Reclamações dos moradores
Até o fechamento desta matéria, os moradores ainda estavam indignados com a falta de ação para a remoção do lixo acumulado que caiu do caminhão. Segundo relatos compartilhados nas redes sociais, a vizinhança estava há três dias convivendo com o mau cheiro e o risco iminente de proliferação de roedores e de outros vetores de doenças como o mosquito transmissor da dengue.
Maria Helena da Silva, auxiliar de recursos humanos, relatou a situação desafiadora enfrentada pelo filho, que reside em frente ao local do acidente. “Tem três dias que eles estão convivendo com o mau cheiro e um fedor insuportável. As pessoas não conseguem nem ficar em casa devido ao odor. Meu filho mora bem em frente e, praticamente são quase duas toneladas de lixo na porta dele. Ele está tendo um prejuízo enorme, pois possui uma empresa de caminhões que transportam alimentos e não consegue manter os veículos na porta nem os abastecer, devido ao lixo. Além disso, é uma situação revoltante, pois as pessoas não conseguem conviver com o mau cheiro.”
Denúncias dos trabalhadores
Além das queixas dos moradores, surgiram relatos sobre as condições de trabalho dos funcionários da nova empresa responsável pela coleta de resíduos no município. Com a recente troca da prestadora de serviços, os trabalhadores têm enfrentado condições delicadas, especialmente relacionadas à segurança e à qualidade dos veículos utilizados.
De acordo com uma liderança comunitária que está acompanhado o caso, “a antiga empresa prestadora de serviços contava com caminhões novos, porém, devido a atrasos de pagamento pela prefeitura, cessou as atividades. Com a entrada da nova empresa, os funcionários se deparam com veículos em condições precárias, especialmente os baús que compõem a carroceria dos caminhões”. Uma testemunha que pediu sigilo reforça: “Tem uns que nitidamente mostram os remendos da solda e não apresentam segurança”.
As preocupações dos trabalhadores vão além da segurança. Eles também denunciam a falta de regularidade nos horários de trabalho, a sobrecarga de atividades e os constantes problemas com os veículos. “Teve um dia que a coleta na região central foi realizada por duas caminhonetes, pois os dois caminhões da empresa estavam quebrados”.
Outra testemunha atesta a versão: “os trabalhadores estão atuando de forma irregular e correndo risco de vida, assim como aqueles que estavam no caminhão que se envolveu no acidente esta semana. Estão em uma situação precária, onde a segurança e o bem-estar dos funcionários e da comunidade estão em jogo”, alerta o denunciante.