A mesa farta, com o tradicional peru de Natal e produtos importados ou nacionais, como castanhas portuguesas, nozes e amêndoas, vinhos e espumantes, por exemplo, aos poucos vai sendo alterada em função de novos hábitos da população.
No entanto, após a pandemia da Covid-19, algumas mudanças no cardápio natalino são determinadas também pelos preços dos produtos, principalmente os importados. O preço dos produtos mais solicitados nesta época em Minas Gerais apresentou uma variação média de 8,2% entre 1º de novembro de 2022 e 15 de dezembro de 2023, levando em conta a inflação do período.
A pesquisa realizada pelo Mercado Mineiro comparou os preços nas 13 maiores redes de supermercados de Minas Gerais. As informações foram obtidas pela reportagem do Jornal de Juatuba e Mateus Leme através de dados da internet e, também, em pesquisas nos principais supermercados da cidade, podendo haver variação de preços, em razão de período de ofertas, de cada estabelecimento e marcas.
De acordo com dados do sistema de buscas online, a variação mais alta foi observada no pernil traseiro, que passou de R$ 27,50 para R$ 29,90, um aumento de 8,7%. O lombo suíno também apresentou uma oscilação significativa, passando de R$ 30,00 para R$ 32,50, tendo acréscimo de 8,3%. A alcatra está custando nessa época do ano 8,0% mais cara.
A ave Fiesta, uma opção mais acessível para a ceia de Natal, também apresentou uma variação de preço significativa, passando de R$ 22,50 para R$ 24,90, ou seja, 10,6% a mais nas compras de fim de ano.
Os demais produtos natalinos também apresentaram variações de preço e as positivas são menores. O filé mignon, por exemplo, passou de R$ 65,00 para R$ 68,50, o quilo, um aumento de 5,4%.
Consumidores devem pesquisar antes de comprar
Diante da variação de preços, os consumidores devem pesquisar antes de comprar os produtos natalinos. É importante comparar os preços de diferentes supermercados e lojas, e também verificar se as ofertas são válidas para o tamanho e a marca desejados. Os consumidores também podem aproveitar as promoções e descontos oferecidos pelos supermercados durante a época natalina.
A pesquisa também mostrou que os preços de itens mais solicitados para a ceia variam de acordo com a rede de supermercados. No caso do pernil traseiro, por exemplo, o preço mais baixo encontrado em importante estabelecimento mineiro custa R$ 23,90, enquanto o mais alto, em outra loja também muito conhecida, está a R$ 32,90. No caso da ave Fiesta, o preço mais baixo: R$ 20,90, enquanto o preço mais alto: R$ 24,90 o quilo.
De acordo com a pesquisa do Mercado Mineiro, uma grande rede de supermercado da região metropolitana apresentou preços competitivos para os produtos da ceia. No caso do pernil traseiro, o preço mais em conta está em R$ 22,90 entre as 13 redes pesquisadas.
No caso da ave Fiesta, o preço mais baixo é o da mesma rede, a R$ 20,90, entre as 13 fontes pesquisadas. No entanto, é importante ressaltar que os preços dos produtos podem variar de acordo com a região e a disponibilidade de estoque. Algumas das informações foram obtidas por dados da internet, podendo haver variação de preços, em razão de período de ofertas, de supermercados e marcas.
Cesta de Natal
O preço da cesta de Natal no Brasil subiu 8,9% em 2023, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O valor médio de uma cesta com dez itens essenciais, incluindo lombo, pernil, peru, sidra e panetone, chegou a R$ 321,13. O aumento do preço da cesta de Natal pode impactar o orçamento das famílias brasileiras, que já estão enfrentando o aumento da inflação e taxa de juros ainda elevada.
De acordo com especialistas, a taxa de câmbio também contribuiu para o aumento dos preços, já que alguns itens da cesta são importados. E o dólar subiu em 2023, o que elevou o custo de importação de produtos como azeite, panetone e espumante. Os itens que mais influenciaram no aumento do preço da cesta de Natal foram o lombo, que subiu 15,3%; o pernil, em 14,5%; e o peru, com aumento de 13,4%.
Vários fatores contribuíram para o aumento do preço da cesta natalina, incluindo a inflação de alimentos, a oscilação do câmbio ao longo do ano (o que torna mais caro importar produtos que são consumidos na ceia de Natal, como azeite, panetone e espumante); a guerra na Ucrânia; a seca no Brasil com consequente alta dos custos de produção; e a redução da renda das famílias brasileiras, que tem limitado o poder de compra.
Apesar da alta de preços de produtos, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) espera um aumento nas compras de Natal em 2023. A entidade estima que o consumo de alimentos e bebidas na ceia de Natal deve crescer 10% em relação ao ano passado.