Centro de Atendimento Animal Luz reabre com nova gestão

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O Centro de Atendimento Animal Luz, em Juatuba, reabriu no início deste mês, após o escândalo no ano passado, quando o local foi fechado pela administração do ex-prefeito Adônis Pereira sob acusações de desaparecimento dos animais que estavam no local. Integrado à pasta de Meio Ambiente, o secretário Laécio do Silvestre, informou que o local passa por um processo de reestruturação para receber animais resgatados.

De acordo com Laécio, ao assumir a gestão do centro, ele encontrou uma unidade em estado de abandono. “Havia computadores apagados, a estrutura estava toda danificada e havia apenas 18 animais internos”, conta. Foram necessárias medidas emergenciais para reorganizar o serviço. “Fizemos uma limpeza geral no centro e estamos reiniciando o projeto com muitas dificuldades, mas de forma organizada”.

Para a equipe, foram contratados dois médicos veterinários, um auxiliar veterinário e um profissional administrativo. O centro também ganhou uma caminhonete para apoio às operações e, segundo Laécio, vai funcionar dentro da legislação. “Vamos trabalhar com protocolos, sem a pressão de ninguém. Vale lembrar que o foco é atender os animais de rua que não têm tutores”, destaca.

Caos administrativo e abandono

O Centro de Atendimento Animal Luz, que deveria servir como um local de acolhimento e tratamento de animais abandonados, foi alvo de denúncias em novembro do ano passado, quando moradores de Juatuba relataram o desaparecimento de diversos animais que estavam sob os cuidados da instituição.

A situação gerou revolta entre ativistas de causa animal e levou a Polícia Civil a abrir investigação sobre possíveis casos de maus-tratos e negligência. Em resposta ao Jornal de Juatuba e Mateus Leme, a Polícia Civil informou que as denúncias seguem em apuração. “A PCMG realiza oitivas e demais diligências necessárias à elucidação dos fatos”, diz a nota.

A antiga administração chegou a ser chamada para prestar esclarecimentos na Câmara, mas nem a Secretaria de Meio Ambiente, nem a coordenadora da área, Priscila Castro, compareceram às sessões para responder o que ocorreu.

À época, o vereador Léo da Padaria, que acompanhou o caso e visitou a unidade pedindo esclarecimentos, contou que recebeu informações da coordenadora, Priscila Castro de que “alguns animais foram doados e outros morreram por conta de cinomose”.

Na ocasião o parlamentar também pediu que a Câmara cobrasse informações detalhadas sobre as mortes e a doação de animais. Questionado se recebeu respostas, até o fechamento desta edição, o vereador não respondeu à reportagem.

Diálogo com protetores

Segundo Laécio, a nova gestão do Centro de Atendimento Animal Luz espera virar a página do escândalo que marcou a instituição no ano passado e restabelecer a confiança da população. Para garantir o funcionamento mais eficiente e transparente, Laécio afirma que pretende envolver a comunidade e os protetores da causa animal na reestruturação do projeto. “Assim que conseguirmos montar toda a infraestrutura, iremos convidar todos os protetores da causa animal para criar os protocolos juntamente com os veterinários. Precisamos que a população conheça o verdadeiro projeto, que é de suma importância para toda a cidade”, afirma.