Cidadãos dizem que são vítimas de “descaso, deboches e omissão de socorro” em Juatuba

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Mais uma denúncia de mal atendimento de servidores de Juatuba aos cidadãos foi tema debates esta semana. Dessa vez, as críticas foram endereçadas aos funcionários comissionados do setor de iluminação pública. A moradora do bairro Cidade Nova II, solicitou melhorias na iluminação de uma das ruas do bairro, que, segundo ela, “está muito escura, sem nenhuma iluminação e muito perigosa”. 

“Eu fiz o pedido com muita educação, por meio de áudio. Como é um bairro novo e a rua não tem placa, citei alguns pontos de referência, o nome e apelido de moradores próximos, mas infelizmente os trabalhadores da iluminação não levaram a sério a solicitação, inclusive riram e debocharam do meu pedido”, revelou.

No áudio compartilhado pelo WhatsApp, um servidor responde a senhora da seguinte forma: “esse endereço que essa muié me mandou aí, ficou top demais, na rua Sinhá Moreira, perto do mosquito, do Zé e da Mercearia. Será que vou conseguir achar isso lá? Vou tentar a sorte, se eu conseguir beleza, se não, vou tentar em qualquer outro número lá”, diz servidor que não pouca também risadas e deboches da contribuinte.

Em contato com a moradora, ela afirmou à reportagem que é “um desrespeito muito grande com a população, já que todos pagam impostos igualmente”. Ela preferiu que seu nome não fosse publicado e, mesmo tendo sido maltratada, alegou que “não vai fazer denúncia formal para não prejudicar o servidor envolvido”.

“É muito difícil morar em uma cidade onde não te respeitam”

Jane Aparecida Dias Pinheiro, 44 anos, é moradora de Juatuba há 24 anos. Residente do bairro Veredas da Serra, é mãe do jovem Leandro Júnio Pinheiro, de apenas 15 anos que tem deficiência mental. O relato emocionado dela narra a luta diária para cuidar do filho, em uma cidade, que segundo ela, não oferece estrutura física ou amparo médico para pessoas com deficiência física ou mental. 

“O meu filho fica um pouco agressivo quando saímos de casa e isso ocorre até com pessoas da família. Fomos em um casamento e no retorno ele teve uma crise e ficou bastante agressivo. Liguei para a Policlínica solicitando ajuda, mas eles me disseram para chamar a polícia. Meu filho precisava de ajuda médica e não da polícia, pois ele não é bandido”, disse Jane.

Com a omissão e negativa de atendimento na Policlínica, ela ligou para a polícia, mas os militares afirmaram que era um caso médico. A mãe ligou novamente para a Unidade de Saúde, mas não conseguiu o atendimento e teve que chamar amigos para levar o jovem para casa, até que ele se acalmasse. “Eu considero isso um desrespeito muito grande, pois eu trabalho e pago os impostos direitinho. O poder público tem obrigação de atender a população nestes casos. Infelizmente, não temos assistência às pessoas com deficiência”.

Emocionada, Jane afirma que não mede esforços para trabalhar e comprar os medicamentos do filho, que custa cerca de R$900 por mês. “Eu planto horta e vendo verdura, capino lote e faço o que for preciso. Só acho uma injustiça que a Saúde de Juatuba oriente que eu chame a polícia para o meu filho. É muito difícil morar em uma cidade onde não te respeitam”, finalizou.

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