O recado foi dado há um mês e, em meio às promessas e desculpas de que a culpa seria do novo sistema de RH da prefeitura, os servidores de Mateus Leme deram um basta: o atraso no pagamento que se arrasta desde o início do ano e o dos professores desde agosto do ano passado, além do não recebimento de férias por alguns educadores, foram os motivos para que a paralisação fosse iniciada.
Em forma de protesto, o Sindicato dos Servidores Públicos de Mateus Leme, Sindserp, realizou na última quarta-feira, 12, uma assembleia extraordinária na sede da entidade para deliberar sobre a manifestação e paralisação dos servidores públicos que ocorreu nesta sexta-feira. De acordo com o Sindserp, a manifestação se faz necessária devido ao atraso no pagamento de salários de diversos setores do serviço público, que ocorre mês a mês.
A mobilização dos educadores nesta sexta-feira contou com a presença de filiados da Associação Trabalhadores em Educação de Mateus Leme e a possibilidade de paralisação já havia sido ventilada no início de janeiro pelas duas entidades, após promessa de readequação dos pagamentos feitos pela administração. Vestidos de preto, os servidores se concentraram na porta da Câmara seguindo em passeata até a porta da prefeitura, onde ficaram até o meio dia. Servidores gritaram palavras de ordem e portavam cartazes.
Na Educação, a paralisação dos servidores ocorreu de forma integral, e não houve aula. Segundo o Sindicato, odia será pago em uma outra data para que os alunos não fiquem prejudicados.
Na Saúde, o serviço funcionou com o mínimo 30% de pessoal efetivo em serviço. Os servidores dos outros setores, permaneceram com a marcação de ponto, antes e após a manifestação.
Em nota, o Sindicato esclareceu que as manifestações foram pacíficas e que todos os órgãos foram oficializados. “A greve é um direito previsto em lei federal e os servidores estão resguardados através do Sindicato. Estamos fazendo tudo conforme de forma correta e temos previsão legal para isso”, pontuou.