A pavimentação de 45 quilômetros da Rodovia MG-060, no trecho Papagaios-Pompéu, teve início esta semana. A obra é uma antiga demanda da população e contará com investimentos que podem chegar a R$ 130 milhões. Essa intervenção é a maior dentro de um conjunto de seis projetos rodoviários que serão implementados na região atingida pelo rompimento das barragens da Vale.
Os recursos correspondem às primeiras parcelas de três projetos contemplados com recursos do acordo judicial de reparação do desastre. Brumadinho, que é o 26º município da lista oficial de atingidos, não entra nesse rateio, pois já está contemplado com ações socioeconômicas em outro conjunto de iniciativas, que integram o Termo de Reparação. Foi elaborado um pacote específico de projetos para o município em função do tipo e da intensidade dos danos sofridos em seu território.
A gestão desses recursos será feita pelos municípios e acompanhada pela auditoria da Fundação Getúlio Vargas, com fiscalização pelos Ministério Público Federal, Ministério Público de Minas Gerais, Defensoria Pública de Minas Gerais e governo estadual.
As intervenções no trecho Pompéu-Papagaios serão de responsabilidade do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagens de Minas Gerais e a expectativa é que a pavimentação contribua para a melhoria da acessibilidade e da mobilidade regional. Também na MG-060, o trecho de 32 quilômetros entre Esmeraldas e São José da Varginha está sendo pavimentado. A obra começou em agosto do ano passado.
As melhorias nas estradas da região da bacia do Paraopeba foram definidas após consulta popular, que contou com a participação de mais de 10 mil pessoas nos municípios atingidos. Além dos dois trechos na MG-060, estão previstas outras quatro obras rodoviárias na região da bacia, dentre elas a da MG-415 até a BR-040-Porto Novo, em Morada Nova de Minas; o entroncamento da BR-040 – Distrito de São José do Buriti, da AMG-930; o trecho entre Abaeté – Porto São Vicente, da LMG-762 e ainda a construção da ponte sobre o Rio Paraopeba, no município de Papagaios.
O custo estimado para as seis obras é de R$ 464,9 milhões, além de uma reserva complementar de até 25%, conforme Acordo Judicial. Assim, o valor das seis obras pode chegar a R$ 580 milhões, caso necessário.