Comércio aquece com a chegada das festas juninas

Empresários mineiros do setor alimentício acreditam em bons resultados

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Tradicionalmente, as festas juninas representam potencial e se revelam como uma oportunidade para o comércio aquecer as vendas de diversos segmentos, com destaque para o de produtos alimentícios, que registram alta nos negócios durante todo o mês de junho.

A área de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG realizou a pesquisa no intuito de identificar a expectativa dos empresários do comércio varejista de gêneros alimentícios para as comemorações de Festa Junina 2023. A pesquisa quantitativa, baseada em amostra do segmento alimentício do comércio varejista entrevistou empresas do segmento de Minimercados, Mercearias, Armazéns, Padarias, Laticínios, Doces, Balas, Açougues, Peixarias, Hipermercados, Supermercados, Bebidas e Hortifrutigranjeiros, realizada com 383 empresas, entre os dias 12 e 15 de junho em todo o Estado de Minas Gerais.

Segundo a pesquisa, o movimento nas empresas tende a ser maior na segunda quinzena do mês, quando serão comemorados os dias de São João (24) e São Pedro (29). Tradicionalmente as festas juninas representam potencial e se revelam como uma oportunidade para o comércio aquecer as vendas de diversos segmentos, com destaque para o de produtos alimentícios que registram alta nos negócios durante todo o mês de junho. No período, as empresas do comércio investem em decoração e em promoções para atrair os clientes, que acabam levando outros produtos.

A proximidade do inverno aquece o comércio varejista ano após ano, garantindo oportunidades de negócios para várias atividades econômicas. A principal beneficiada é a área de gêneros alimentícios, cujo período impacta de forma positiva, 44,1% das empresas desse segmento no Estado. O levantamento mostra que 59,7% das empresas já haviam feito os investimentos necessários quando entrevistadas e, 2,3% ainda pretendem investir em produtos específicos para a data. Dessas empresas que esperam impacto positivo, 45,5% acreditam em resultados melhores e 31,8% acreditam que os resultados sejam iguais aos do ano passado. Os empresários apostam no aquecimento do comércio para aumentar as suas vendas.

Os principais artigos inseridos no mix das lojas no período de festas juninas são canjica (71,6%), amendoim (57,8%), pipoca (36,7%) e milho (30,3).

Entre os empresários impactados pela data, 45,5% acreditam que o resultado das vendas do período será melhor, se comparados com o ano passado. Para 31,8%, a expectativa é que seja igual e, será pior para 14,2%. Para 27,1%, a expectativa de vendas melhores este ano é justificada pelo aquecimento do comércio, enquanto para 17,7%, o fim da pandemia é o motivo e, para 17,7%, o otimismo. A expressividade da data é apontada por 9,4% para explicar a boa expectativa.

Para aqueles com expectativa de piora nas vendas, o motivo mais apontado foi a crise econômica (31%). Os valores altos dos produtos (17,2%), a cautela do consumidor (13,8%), a mudança do governo (13,8%) e o endividamento do consumidor (10,3%), são justificativas dos empresários que chamam a atenção na pesquisa.

A forma de pagamento para o período, segundo os empresários, deverá ser com cartão de crédito à vista (38,9%), seguidas pelo Pix (24,7%) e cartão de débito à vista (14,8%).

O gasto médio do consumidor, segundo os empresários, (24,5%) não soube indicar. Contudo, (43,6%) informaram que devem girar em torno de R$50,01 a R$100,00.

Das empresas impactadas pelas comemorações, (72,0%) realizam vendas on-line para impulsionar as vendas. Dessas, (61,8%) utilizam o WhatsApp para negociar e vender seus produtos, (16,2%) estão em aplicativos de entrega, (14,7%) utilizam o Instagram e (7,4%) utilizam sites próprios.

Olhar Econômico, por Devid Lima da Silva

As comemorações de Festa Junina são populares em todo o Brasil. Em Minas Gerais, a tradição de celebrar e homenagear os santos católicos Santo Antônio, São João Batista e São Pedro segue impactando, de forma positiva, boa parte (44,1%) do segmento alimentício do comércio varejista de Minas Gerais. É o que mostra a pesquisa de expectativa de vendas de Festa Junina.

Nesse ano, sendo o segundo ano de volta das comemorações após um longo período de medidas de isolamento devido à pandemia, a maioria das empresas impactadas pela data (59,7%) já fizeram investimentos em produtos específicos para atrair o consumidor. Entre esses produtos, a canjica foi o que mais se destacou, sendo disponibilizado por 71,6% das empresas. Em seguida, o amendoim (57,8%), a pipoca (36,7%) e o milho (30,3%) aparecem com grande adesão.

Dito isso, com todo esse preparo, grande parte das empresas (45,5%) impactadas está com expectativas de melhores resultados nas vendas frente aos obtidos no ano passado. Muitos motivos foram apontados para justificar tal expectativa, sendo o principal o aquecimento do comércio, de acordo com 27,1% das empresas.

A percepção de aquecimento do comércio pode se dar por muitos fatores, como a inflação desacelerada que influencia na estabilização e, até mesmo, queda do preço de diversos produtos e, o aumento do emprego – que faz com que o consumidor fique mais confiante para absorver as novidades disponibilizadas e manter ou expandir a procura por produtos e serviços.

Apesar do positivismo, 14,2% das empresas estão com expectativa negativa para o período. Para essas, o principal motivo é a crise econômica (31,0%), seguido do valor alto dos produtos (17,2%) e o consumidor mais cauteloso (13,8%). Outro motivo apontado é o endividamento do consumidor (10,3%) – sendo um fator que, como os mencionados anteriormente, pode fazer com que haja maior cautela na hora de realizar gastos, fazendo o consumidor priorizar especialmente por produtos e contas tidos como essenciais (alimentação, luz, água, aluguel etc.).

A principal forma de pagamento para as empresas impactadas será o cartão de crédito à vista, na opinião de 38,9% das empresas, seguida do Pix (24,7% e o cartão de débito à vista (14,8%). Ainda, para 43,6%, o gasto médio com as compras para as comemorações deve ficar em torno de R$50,01 a R$100,00.

As formas de pagamento destacadas pelas empresas vão ao encontro do gasto médio esperado, visto que, em muitos casos, o consumidor opta por pagar no crédito para ganhar um tempo até a conta e, tanto no crédito à vista quanto no Pix e no débito, devido ao valor gasto não ser tão alto e de ser para um fim pontual.

Sobre a Fecomércio MG

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