Comissão de Meio Ambiente pede paralisação das atividades da Nacional Minérios

Vereadores querem que empresa não opere até que seja apresentado alvará de funcionamento emitido pela prefeitura e pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente

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Moradores de Azurita têm denunciado o intenso “desmatamento em uma grande área próxima à rua Otávio Juventino Rezende, ao lado do número 220, em decorrência das atividades da Nacional Minérios, que começou a atuar na região”. Desde as primeiras denúncias da comunidade, os problemas envolvendo a empresa e a população têm aumentado. De um lado, os moradores afirmam que as atividades provocam danos irreversíveis ao meio ambiente, à saúde da comunidade, que o trânsito de veículos pesados gera riscos, além da desvalorização de imóveis.

Do outro, a Nacional Minérios se defende, mostrando uma licença municipal para o empreendimento, um laudo de estudo da área feito pela Terra Consultoria Ambiental e a alegação de estar gerando cerca de 20 empregos, movimentando a economia local e a arrecadação de ISS no município. A empresa ainda afirma que se comprometeu a reparar os imóveis impactados pelas atividades e a instalar uma tela de proteção de 13 metros para barrar a poeira.

Criação de comissão de atingidos

Com o impasse entre a comunidade e a empresa, os moradores de Azurita criaram uma Comissão de Atingidos pelas atividades da empresa, composta por Carlos Antônio Dias Medeiros, Aulentina da Conceição Maria Santos Lopes, Maria Gabriela Cavalcante, Aurete Saraiva Duarte França e Maria Elizabete Azevedo de Oliveira.

De acordo com os integrantes da comissão, já foram encaminhadas para a Câmara, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Ministério Público Ambiental denúncias sobre o desmatamento, a poluição e os riscos à saúde pública que a empresa gera.

Sem acordo

Depois de uma reunião frustrada entre a Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o prefeito Renilton Coelho e representantes da Nacional Minérios, os vereadores solicitaram cópia de todos os documentos que garantem a autorização para o funcionamento da empresa em Azurita. Porém, os parlamentares afirmam não foi entregue a eles o alvará de funcionamento, o que determinou um pedido para que a Nacional Minérios cesse as atividades até que tenha autorização da prefeitura e do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Protestos continuam

A Comissão de Moradores Atingidos de Azurita encaminhou à reportagem uma carta-manifesto informando que nos dois meses de funcionamento, a Nacional Minérios não cumpriu qualquer medida compensatória prometida aos moradores da região. “A empresa continua desmantando e está estocando minério próximo ao córrego Cachoeira, o que pode levar à contaminação direta do curso d´água”, afirma nota enviada ao Jornal.

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