ONG desmente áudios de apoiadores do prefeito, Dr. Renilton e reafirma que entidade não tem vínculo político
A Central Única das Favelas de Minas Gerais (Cufa Minas) e o projeto “Ações Solidárias de Mateus Leme”, distribuíram no último domingo, para as famílias de baixa renda do município vários produtos alimentícios como frango, salsicha, macarrão e itens da Cesta Básica. A ação “Feliz Dias das Mães da Favela” foi possível com a ajuda de parceiros e doadores da ONG como Unilever, Volvo, BRF, Ministério Público de Minas Gerais, Granja Brasília, Mesa Brasil, Indec, Sicoob Credimonte, Sindseg, União MG, Gordu Film, Ministério Público do Trabalho, Trace Group e o Estádio do Mineirão.
“Ano passado, atendemos 40 mil famílias, em um total de 200 mil pessoas, em nove meses de campanha, com 450 toneladas de alimentos e 1,5 milhão de máscaras. Nossa meta para este ano é atender 200 mil famílias, no total de um milhão de pessoas, em 12 meses, com 900 toneladas de alimentos”, conta Marciele Delduque, co-presidente da Cufa Minas.
Na ação de domingo, foram distribuídas mais de cinco toneladas de alimentos em Mateus Leme, Juatuba e Itaúna, sendo agraciadas cerca de mil famílias em duas ações distintas em Mateus Leme: no Bairro Bom Jesus, foram 350 famílias e no Central, 650 famílias.
Dr. Renilton é acusado de tentar tirar proveito político da ação da ONG
Áudios que chegaram à redação de Jornal de Juatuba e Mateus Leme, apontam o prefeito Renilton Coelho, como um dos responsáveis pela distribuição dos alimentos e, durante toda esta semana geraram pauta para várias discussões e acusações nas redes sociais.
Nossa reportagem conversou com representantes da CUFA no município, que desmentiram o vínculo do prefeito com a ação solidária. Os coordenadores regionais da Ong em Mateus Leme, Renan Vinícius Araújo de Souza e Soraia Marques Caldeira confirmaram que tiveram conhecimento dos áudios, onde pessoas da administração, propagavam a distribuição dos alimentos como uma ação da prefeitura e do prefeito. Acredito que fizeram isso “para que o prefeito ganhasse prestígio em cima da ação solidária realizada pela ONG”.
Os responsáveis reafirmaram que a CUFA é uma entidade que não tem vínculo com a política. “Houve rumores e eles chegaram até nós, sobre a interferência política em nossa ação humanitária. Reitero que não temos qualquer vínculo com política, políticos ou com a administração municipal. Inclusive, a CUFA sugere que não tenhamos nenhuma relação com a gestão, para que estejamos os mais isentos e limpos possível, para ajudar os desafortunados”, pontua o presidente do movimento municipal, Renan de Souza.
Ações da Ong
A CUFA é uma organização social brasileira presente em cinco mil favelas de todo o Brasil. A entidade existe há 22 anos e trabalha com esporte, formação de lideranças e empreendedorismo, educação, lazer, cultura e cidadania. Durante a pandemia da COVID-19, para amenizar as dificuldades que os moradores de favela enfrentam, a organização criou o “Cufa Contra o Vírus”, que arrecada doações de mantimentos e distribui por todo país.
Por meio do programa “Mães da Favela”, a instituição entregou cestas básicas, físicas e digitais, além de chips com internet gratuita por seis meses para as mulheres assistidas pela iniciativa. A entidade criou uma rede de proteção que atingiu mais de 5,8 milhões de pessoas em todo o país, já que está presente e atua nos 26 estados e no Distrito Federal. O Mães da Favela oferece uma bolsa de R$ 240 para mulheres moradoras desses locais e que chefiam seus lares. A campanha é permanente. Quem quiser contribuir pode acessar a página www.cufaminas.org.
