Moradores do bairro Cidade Satélite, em Juatuba, voltaram a relatar a ocorrência de focos de incêndio em terrenos baldios, causados por moradores que realizam queimadas em quintais e lotes vagos. A denúncia mais recente foi feita por uma moradora que, em contato com o Jornal JB Mateus Leme, relatou preocupação com a proximidade das chamas das residências.
“Eu estou com sinusite e rinite por causa da fumaça dessas queimadas constantes. É uma vergonha. Tem crianças, idosos sofrendo com essa situação”, disse a moradora indignada. Ela conta que essa não é a primeira vez que ela procura a imprensa para denunciar a situação.
“Eu acredito que são moradores da rua de baixo da Rua Dom Cabral. Eles usam esse lote vago para cortar mato e depois colocam fogo. Esse último foco estava bem próximo das casas da rua abaixo da Dom Cabral”, contou a denunciante.
A prática tem se tornado frequente e, segundo relatos, ocorre sem qualquer cuidado ou responsabilidade. O risco é ainda maior nesta época do ano, quando a vegetação seca favorece a propagação rápida das chamas.
O coordenador da Defesa Civil de Juatuba, Antônio Cesar Teixeira, confirmou que a equipe esteve no local do incidente. “Estivemos nesse lote no bairro Cidade Satélite, mas infelizmente não conseguimos identificar o responsável. A sorte é que o fogo pegou apenas em um capim seco e apagou sem causar danos materiais. Mas poderia ter sido uma tragédia”, afirmou.
Antônio alerta que a queima de resíduos em quintais e lotes é crime ambiental, e pode colocar em risco a vida de pessoas, animais e o patrimônio. “Se o fogo atinge uma casa, uma fiação elétrica, um carro ou mesmo prende alguém em meio à fumaça, o resultado pode ser fatal. A população precisa entender que é perigoso e ilegal”, enfatizou.
Ele foi enfático ao dizer que qualquer pessoa flagrada provocando queimadas será intimada e poderá ser presa, conforme determina a legislação ambiental vigente.
“Não pode em hipótese alguma colocar fogo. Essa, inclusive, é a época de maior propagação de incêndios. Estamos rodando todo o município, todos os dias e acompanhando para que não haja uma tragédia futura”, explicou.