Saúde e política é uma combinação que não rende bons frutos para a população, principalmente em tempos de pandemia. Informações desencontradas e que segundo os vereadores são mentirosas, fizeram parte dos primeiros dias de mandato do prefeito Renilton Coelho que gravou diversos vídeos criticando a administração do ex-prefeito Júlio Fares. No primeiro deles, junto com o secretário de saúde, José Carlos Serufo, o prefeito eleito fez graves acusações à estrutura da unidade temporária de saúde, o Hospital de Campanha, instalado no Hospital Santa Terezinha. A denúncia foi rebatida pelo presidente da Câmara, Wellington Batata, que gravou vídeo desmentindo o prefeito.
O hospital de campanha de Mateus Leme foi inaugurado no fim do mês de abril e foi instalado rapidamente por meio de parceria entre a Prefeitura de Mateus Leme e o Hospital Santa Terezinha, sendo gerido pela ONG Avante Social. Por se tratar de organização sem fins lucrativos, o município só arcava com aquilo que realmente era usado, ou seja, quando não havia pacientes internados, a despesa era apenas com a manutenção.
No vídeo gravado pelo prefeito Renilton Coelho, ele afirma que foi até o hospital de campanha e identificou irregularidades e, por isso decidiu encerrar o contrato com a ONG Avante Social e passar a administração da unidade temporária para a Fundação Hospital Santa Terezinha. O secretário municipal de saúde também disse no vídeo que não havia nenhum respirador funcionando na unidade.
Confronto
Assim que o vídeo ganhou as redes sociais, os vereadores Wellington Batata e Guilherme Gangorra foram até o hospital de campanha e também gravaram um vídeo mostrando o funcionamento dos equipamentos no hospital.
Segundo a publicação de Batata, eles foram recebidos por um dos responsáveis pela unidade, Magno Helder, que os apresentou respiradores em pleno funcionamento.
A divulgação do vídeo do prefeito e depois a publicação da visita dos vereadores ao Hospital de campanha, desmentindo as afirmações do gestor, causou confusão e vários internautas consideraram a situação controversa um desserviço à população. Até então, o hospital de campanha de Mateus Leme não chegou a ter todos os leitos ocupados, tendo recebido diversos pacientes, até mesmo de outras cidades, ao longo do ano de 2020.