Empresários beneficiados com terrenos públicos serão sabatinados na Câmara

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Está em tramitação na Câmara de Mateus Leme o projeto de lei para concessão de terrenos a duas empresas: uma de equipamentos de proteção individual (EPI`s), e outra do setor de fundição. Segundo a presidente da Comissão de Desenvolvimento Industrial da Câmara, Irene de Oliveira, o incentivo à ampliação de negócios no município é importante, porém é preciso que os empresários que serão beneficiados com imóvel público participem de reunião com os parlamentares para falarem sobre os empreendimentos. 

De acordo com a parlamentar, é necessário que os vereadores conheçam os representantes das empresas e que esses prestem esclarecimentos sobre a expansão de seus negócios na cidade, orçamento, projeção de investimentos e de geração de empregos

O presidente do Câmara, Welington Batata, autorizou o encaminhamento de ofício para a convocação dos empresários, com a justificativa de agilizar o processo de tramitação dos projetos no legislativo. “Mesmo autorizando essa entrevista com os empresários, deixo claro que todo projeto que chegar na casa com o objetivo de gerar empregos, faço questão de visitar o empreendimento, para ver de perto a capacidade de geração de postos de trabalho e investimentos”, destacou Batata.

Identificados problemas nos projetos

A vereadora Irene de Oliveira, disse que nos projetos enviados para análise da Câmara não há menção sobre a geração de empregos para trabalhadoras do sexo feminino. “Para evitar problemas antes que os projetos sejam distribuídos às comissões de Desenvolvimento Industrial, Justiça e Finanças, precisamos que estes empresários sejam convidados a explicar sobre a atividade que pretendem desempenhar no nosso município. Já identifiquei inclusive problemas na garantia de empregos para as mulheres, o que é garantido por lei. O projeto garante empregos apenas a moradores de Mateus Leme, mas não distingue o sexo”, alertou vereadora. 

Durante a apresentação dos projetos, o líder do prefeito, Zé Ronaldo, alegou que a empresa do “segmento de fundição não teria como fazer a contratação de mulheres”, por elas serem incompatíveis ao exercício da profissão de fundidor. “Isso tem que ser discutido porque não tem como colocar mulher em uma fundição”, alegou Zé Ronaldo. 

Irene respondeu que somente aceitará como verdade a fala do colega se for apresentado um laudo médico de que mulheres não podem exercer ou atuar na fundição. “Avise aos empresários, que só vou aceitar essa justificativa com laudos médicos. Existem outras vagas, exemplo disso é o setor administrativo da empresa. A lei é para ser cumprida”, finalizou. 

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