Encontro entre Governo e prefeitos da região marca início às obras do Gasoduto Centro-Oeste

Infraestrutura de distribuição de gás natural prevê investimento de mais de R$ 800 milhões, com potencial para gerar cerca de 15 mil novos empregos

0
136

Betim, Divinópolis, Igarapé, Itaúna, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. Juntos, os oito municípios respondem por 10% do Produto Interno Bruto industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais e aproximadamente 1 milhão de habitantes, ou 5% da população do Estado.

Aguardado com muita expectativa principalmente pelo setor produtivo, o pontapé inicial da construção do Gasoduto Centro-Oeste foi dado oficialmente pelo Governo de Minas esta semana. O Gasoduto Centro-Oeste é o maior projeto de expansão no segmento desde 2010 e sua construção vai permitir um aumento de cerca de 300 quilômetros de extensão em linhas do sistema, um acréscimo superior a 23% da malha atual da companhia. O potencial de consumo do projeto é em torno de 230 mil metros cúbicos por dia, com captação estimada em 1 mil novos clientes industriais e comerciais.

Os gasodutos serão testados e gaseificados por etapas, possibilitando que o início dos atendimentos aos municípios aconteça antes da conclusão de 100% das obras. Ou seja, na prática, à medida que os trechos forem concluídos, os municípios já poderão se beneficiar do acesso ao insumo.

Extensão da distribuição

A construção da estrutura vai permitir um aumento de cerca de 300 quilômetros de extensão em linhas do sistema, um acréscimo superior a 23% da malha atual da companhia. A chegada do gás natural às oito cidades representa um grande potencial de geração de riquezas para a economia mineira. Isso devido à importância das indústrias locais, principalmente, em áreas como metalurgia e siderurgia, o que deve contribuir significativamente para elevar o consumo do combustível na região.

Além das indústrias, o comércio, de modo geral, bem como o segmento veicular – com a captação de novos postos para venda de GNV – e o residencial são outras apostas de grande demanda da Gasmig.

Obras por etapas

A implantação do Gasoduto Centro-Oeste começou pela construção da Linha Tronco, dividida em dois lotes de execução simultânea. Em um primeiro momento, haverá frentes de serviço nos municípios de Betim, Mateus Leme e Divinópolis.

A Linha Tronco, segmento principal que conectará as demais vias, o material dos fornecedores já foi recebido, quase 90% dos processos de desapropriação de terras estão concluídos e os contratos de uso e ocupação de rodovias foram assinados. As obras da linha terão duração estimada de 18 meses. 
Já para as Linhas Laterais, a expectativa é a de que as intervenções se iniciem no segundo semestre deste ano, uma vez que as desapropriações e assinaturas de contratos de uso e ocupação de rodovias se encontram em fase final de processamento. Para essas linhas, já foram concluídas: a aquisição de materiais; e a contratação de serviços de empresas terceirizadas. O edital foi publicado em janeiro.

Atualmente, a Gasmig está presente em 47 municípios mineiros, conta com uma extensão de rede de 1.675 quilômetros em operação, sendo 95.887 clientes. 

Demanda favorável

A região Centro-Oeste se destaca por polos produtivos tradicionais na economia mineira, como os de vestuário, calçados e fundição. Este último, reconhecido como Arranjo Produtivo Local de Fundição, demanda grande volume de energia, envolve o território dos municípios de Cláudio, Itaúna e Divinópolis e congrega 156 das 243 fundições do estado, ou seja, mais da metade, todas com alta necessidade energética.

Aliado na transição energética

No segmento residencial, o gás natural pode ser utilizado, especialmente, no aquecimento de casas e para substituir o Gás Liquefeito de Petróleo, conhecido como gás de cozinha. Como Gás Natural Veicular, ele também se torna uma alternativa de combustível para automóveis. Mas é na indústria que o insumo se mostra ainda mais oportuno e estratégico, sendo fonte de energia e calor para diversos processos, atendendo da indústria metalúrgica até a alimentícia.

Por se tratar de um combustível com alta produtividade e baixa emissão de poluentes, o gás natural é, ainda, uma solução competitiva que favorece o processo de transição energética impulsionado pelo Governo de Minas, no qual também estão envolvidos o biometano e a energia solar fotovoltaica.