Uma situação nada agradável vem causando transtornos aos moradores do bairro Cidade Nova III, em Juatuba. Já não bastassem todos os problemas ocasionados pelas chuvas que estão atingindo a cidade, um esgoto a céu aberto têm gerado ainda mais aflição nos moradores do bairro. A situação da rua Doutor Murilo de Oliveira, persiste há mais de cinco anos e não há previsão para que o problema seja resolvido.
A questão do esgoto a céu aberto do Cidade Nova III não é um caso isolado em Juatuba. A reportagem já recebeu diversas denúncias e reclamações sobre o mesmo tempo e, na última semana, um caso parecido foi documentado no Jardim Leme e as fotos e vídeos enviados à nossa redação. E além do incômodo por causa do mau cheiro, a falta de esgotamento sanitário favorece a proliferação de diversos tipos de doenças, como leptospirose, cólera, febre tifoide e dengue.
“As consequências dessa situação de descaso das autoridades com o nosso bairro são as mais variadas possíveis, desde o desconforto com o mau cheiro até aparecimento de escorpiões e baratas”, disse um morador.
Outro depoimento foi dado à reportagem por uma liderança do bairro, que é mais conhecido como Vavá. “Eu não posso nem chamar uma visita para minha casa, pois o cheiro quando está calor é forte e insuportável. Além disso, tenho quatro filhos e já tive que matar um escorpião embaixo da cama da minha filha de sete anos. A Copasa cobra a taxa, mas esse esgoto está caindo no solo e em cima de uma mina d´água. Sou um dos primeiros moradores do bairro e posso atestar que há dez anos usávamos essa água para subsistência. Mas com o passar do tempo, o esgoto tornou a água da mina imprópria para o consumo”.
Cláudio Ribeiro, também morador da rua Doutor Murilo de Oliveira disse que já tentou contato com a Prefeitura, mas conseguiu apenas ouvir promessas que não se cumpriram. “Nós pagamos um serviço de esgoto que não recebemos. Fazemos as nossas necessidades e depois sentimos o cheiro delas. Já repassamos este problema para a prefeitura e não recebemos uma resposta decente, apenas promessas. Enquanto isso, as pessoas que moram aqui têm que conviver com este cheiro.”
A reportagem entrou em contato com a Copasa ouvir os esclarecimentos da empresa, porém até o fechamento desta edição, não obtivemos resposta.