No mês de abril foi aprovada por unanimidade pelos vereadores a concessão de um terreno de quase 40 mil metros à empresa Adimax Indústria e Comércio de Alimentos LTDA, que atua na fabricação de ração para animais.
No entanto, a população que acompanhava a reunião da Câmara nesta semana foi surpreendida com um pedido de revogação da Lei, pelo próprio prefeito. Segundo o presidente do Legislativo, Laécio do Silvestre, a não instalação da empresa em Juatuba se deu “devido a um impasse no acordo com o executivo municipal”.
“O prefeito propôs uma contrapartida da empresa no valor de R$300 mil, que já deveriam ser debitados ao município antes da lavratura da escritura do terreno. No entanto, a empresa só queria fazer o depósito do valor depois de receber a escritura definitiva. Como não tinha segurança jurídica, o prefeito não aceitou e o acordo foi desfeito”, explicou.
De acordo com a proposta, após a construção da planta industrial, a empresa iria gerar cerca de 200 empregos diretos e indiretos. A nova unidade de Juatuba seria a segunda no estado, que já conta com uma fábrica em Uberlândia. A empresa possui também filiais em Salto de Pirapora, no estado de São Paulo, em Abreu e Lima, em Pernambuco e Goianápolis, no estado de Goiás.
Correndo atrás do prejuízo
Para tentar amenizar o impacto e prejuízo da não instalação da nacional Adimax, o prefeito foi atrás da empresa Frigo Dias Alimentos Eireli-ME, cuja atividade é o processamento de alimentos como carcaças bovinas e suínas. De acordo com projeto, o terreno que será doado mede quase 33 mil metros quadrados e a empresa vai gerar 280 empregos diretos e indiretos no município. O valor da contrapartida é o mesmo que a Adimax faria anteriormente, de R$300 mil, só que revertidos na compra de materiais e equipamentos para a Secretaria de Infraestrutura de Juatuba. O projeto seguiu para as comissões e será votado no prazo máximo de 15 dias.