Falta de transporte escolar em Juatuba preocupa pais e pode contribuir para evasão de alunos

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No início deste ano, a direção da Escola Municipal Elza de Oliveira Saraiva, em Juatuba, trouxe preocupações para os pais ao informar que a Secretaria de Educação não vai disponibilizar transporte para os alunos que residem em bairros mais afastados. A medida afetará diretamente os estudantes que dependem do transporte público para frequentar a instituição de ensino.

A decisão da Secretaria de Educação de cessar o transporte escolar deixou muitos pais em situação delicada e eles estão sendo pressionados a encontrar alternativas para levar os filhos à escola. “Muitas vezes, a instituição de ensino mais próxima da residência dos pais não tem vaga e eles são obrigados a levar os filhos para estudar onde há vagas disponíveis”, relata um morador local. 

Segundo ele, para muitos pais, a falta de transporte escolar é um grande desafio, já que eles não possuem carro próprio e não têm condições financeiras de arcar com o custo do transporte privado. “Alguns não têm possibilidade nenhuma, não têm carro e não tem como pagar uma van. Por isso, têm que andar em torno de 3,5 quilômetros para levar o filho para estudar”, diz. 

Injustiça

“A falta de transporte escolar é uma injustiça. Muitas famílias, que contavam com esse serviço para garantir o acesso dos seus filhos à educação, estão sem saber como vão fazer. A notícia chegou de repente no início de fevereiro, estamos surpresos e preocupados. Fomos avisados agora, no começo do mês de fevereiro, e isso uma covardia muito grande”, desabafou o pai de um aluno. 

A falta de transporte escolar complica a situação financeira das famílias e impacta o dia a dia dos pais que, muitas vezes, precisam deixar rotinas de trabalho e compromissos para acompanhar os filhos à escola. Como consequência, muita gente já fala em evasão escolar. “A falta de transporte escolar pode aumentar a evasão escolar, já que algumas famílias podem não ter meios de garantir a frequência dos filhos na escola.

Nossa reportagem tentou contato com a secretaria de Educação, mas não conseguimos retorno.