Após negociações entre o PDT e o prefeito Adônis Pereira, o atual suplente do partido, Fernando Mendes Vasconcelos, conhecido como Fernando da Autoescola ocupou a cadeira de vereador no período de setembro de 2021, até o fim de julho de 2022, até que o titular eleito, Laécio do Silvestre, saiu da pasta de Meio Ambiente e voltou à Câmara Municipal. Com o retorno de Laécio à Câmara, Fernando passou a ocupar cargo comissionado no governo.
Agora, o cenário mudou e o ex-vereador entrou em contato com o Jornal de Juatuba e Mateus Leme para manifestar sua insatisfação com a atitude do prefeito Adônis. Fernando revelou que adoeceu quando estava trabalhando no setor de transportes, porque a administração o isolou, mesmo após ele ter sido parceiro e participar da base do prefeito durante o período em que esteve na Câmara.
De acordo com o político, quando ele foi admitido na prefeitura, foi enviado para ser supervisor no setor de obras, mas como não tinha perfil para estar na pasta, foi encaminhado para o setor de esportes. Fernando revela ter sofrido perseguição política dentro da prefeitura, porque estava se destacando e por ter potencial para ser candidato no próximo ano.
“Como eles viram meu destaque na pasta, me podaram e me isolaram no setor de transportes para ficar anotando placa de veículos, fazendo controle de saída e entrada de veículos, compra de peças e equipamentos. Com isso, me mataram politicamente, o que desencadeou um quadro de depressão profunda”.
Após adoecimento, o ex-vereador fez perícia médica junto ao INSS e está afastado das atividades até 31 de janeiro de 2024, no entanto, foi exonerado no último dia 13 de novembro.
“Fui exonerado estando em afastamento pelo INSS, o que não é ilegal, mas para mim que fui vereador e parceiro desta gestão, pega muito mal, sem falar que caracteriza dispensa discriminatória e preconceituosa, pois estou afastado por recomendação médica”, conta.
“O que mais me deixa triste é que tentei o autoextermínio, por esses problemas de depressão e pela perda de minha mãe. Acho muito injusto minha exoneração. Será que eles não pensaram que essa exoneração iria piorar meu quadro. Isso é uma dispensa discriminatória; quando o Fernando estava bom, ele servia, mas como ele não está mais, não serve”, desabafou.
O ex-vereador explica ainda que como justificativa para a exoneração, o governo disse que “precisavam do cargo para fazer uma jogada política”. Segundo Fernando, a atual administração não o avisou e ele só ficou sabendo da dispensa uma semana depois dela acontecer.
“Fui procurá-los, mas o prefeito não quis me atender, com muito custo falei com o Secretário de Governo, mas não adiantou, pois a exoneração já estava publicada no Diário Oficial do município”, finalizou.