No último domingo (21), Gabriella Resende, que cresceu em Juatuba, foi coroada como a Drag Queen mais glamourosa de Minas Gerais, na 10ª edição do concurso Drag Glamour. O evento, realizado no auditório Sest/Senat, em Contagem, reuniu artistas mineiras que disputaram o título em diversas categorias.
Representando não apenas a cena drag, mas também a sua cidade natal, Gabriella expressa sua satisfação com a vitória. “Ser representante do Estado nessa edição é muito gratificante, podendo levar minha arte para o público com muita dedicação e carinho”, revela.
Apesar de ser sua estreia como candidata em um concurso, Gabriella, que é cabeleireira e maquiadora, não é novata nos bastidores. Ela já atuou como assistente de candidatas em edições anteriores e, segundo ela, a experiência trouxe a confiança necessária para buscar o título de Drag Glamour.
As habilidades da profissão também foram fundamentais na construção da sua imagem. Ela conta que a maquiagem sempre teve um papel central em sua vida, permitindo que ela desenvolvesse uma estética única “que vai além da beleza, explorando o exótico e um estilo artístico diferenciado”.
Moradora de Belo Horizonte, mas com laços de infância em Juatuba, a artista escolheu representar o município no concurso, que conta com uma representante por cidade. Além do título de mais glamurosa, ela foi agraciada com o troféu Palmas de Ouro, que mede a empolgação da torcida, ao lado de Layla Miller.
Título enriquece diversidade da comunidade de Juatuba e região
Ao conquistar o título, Gabriella não apenas brilha individualmente, mas contribui para a visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+ e para o reconhecimento artístico da arte na região de Juatuba. Segundo a idealizadora do concurso e presidenta do coletivo Transviva, Evellyn Loren, o evento desmitifica e quebra barreiras dentro da sociedade. Para ela, o principal objetivo é mostrar que a arte drag queen é uma cultura que envolve música, interpretação, figurino, presença e muito amor, sendo, portanto, um evento que promove leveza e diversão. Exatamente por isso, ela destaca que é um entretenimento que rompe preconceito ao mostrar que também pode ser apreciada por toda a família. Para Evellyn, a partir de uma espiral de aceitação e apoio, a arte drag reconstrói a sua própria imagem. “Quando a família participa e se envolve, o amor cresce. E o amor crescendo, nós vamos quebrando barreiras dentro da sociedade”, completa.