O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Divinópolis realizou nesta semana uma grande operação de combate ao crime organizado na região. Foram cumpridos 31 mandados de busca, apreensão e de prisão, além de determinações de constrição patrimonial, como sequestro e arresto de imóveis, veículos e outros bens móveis, e bloqueio de contas bancárias.
Batizada de Operação “Purple Haze”, as atividades foram desenvolvidas em Divinópolis, Itaúna, Carmo do Cajuru, Cláudio, Belo Horizonte, Betim, Ribeirão das Neves, Entre Rios de Minas, Esmeraldas e também Mateus Leme. Entre as apreensões estão veículos, armas de fogo, drogas, aproximadamente R$ 282 mil em dinheiro e cheques, joias e objetos relacionados às práticas criminosas celulares, tablets, computadores, recibos de transações financeiras e documentos diversos.
A investigação começou há sete meses após denúncia de esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro envolvendo uma pessoa que cumpre pena no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem. Foi identificada uma intensa articulação criminosa com explícita divisão de tarefas, distribuição e venda de drogas em larga escala, utilização de laranjas e movimentação financeira de grande porte.
De acordo com o promotor do Gaeco, Leandro Willi, a organização dos criminosos chamou a atenção do Ministério Público e policiais envolvidas. A quadrilha é liderada por um detento e cometia crimes diversos, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, crimes patrimoniais, entre outros. “Na verdade, o detento utilizava um aparelho celular e durante todo esse período controlava e dava ordens a pessoas aqui fora. Durante esse tempo ele fazia algumas trocas de chip para evitar monitoramento via telefônico, mas ele conseguia através de redes sociais dar ordens para os demais. Ele está cumprindo pena de mais de 50 anos envolvido com crime de latrocínio e crimes de alta gravidade”, encerrou o promotor.