Habeas corpus de Reginaldo Teixeira é negado

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Vereador foi preso em junho durante operação da Polícia Civil.

Polícia Civil concluiu mais um inquérito contra o vereador e defesa planeja novo pedido de liberdade

Completaram-se nesta semana 30 dias da prisão de Reginaldo Teixeira, vereador em Mateus Leme. O parlamentar que, inicialmente, ficaria preso preventivamente por um mês, recebeu outro mandado de prisão temporária e permanece detido. A Polícia Civil informou que concluiu também nesta semana um novo inquérito de tentativa de homicídio envolvendo Reginaldo.

De acordo com a delegada Lígia Mantovani, o crime teria ocorrido em 2007. Em depoimento, a vítima apontou Reginaldo como autor da tentativa de homicídio, juntamente com um policial militar que trabalhava na cidade na época do fato. Com a conclusão da investigação, o inquérito foi encaminhado à justiça.

O vereador era suspeito de ligação com três mortes, uma em dezembro de 2004 e outra em julho de 2008, ambas teriam ligação com o tráfico; e a terceira, em maio de 2019, no qual um motorista da prefeitura, que seria cabo eleitoral do vereador, foi a vítima, teria motivação política, e a motivação teria sido “queima de arquivo”. As diligências sobre o caso de 2004 foram finalizadas, o que resultou na prisão. Já no mês de julho, uma investigação também de 2007 foi concluída, o que agora soma-se duas tentativas de assassinato no mesmo ano. O motivo nas duas ocorrências seria a suposta atuação de Reginaldo como justiceiro na cidade.

A reportagem entrou em contato com o advogado de Reginaldo, Fábio Siqueira. Ele explicou que houve uma mudança na defesa do vereador. O habeas corpus solicitado pelo advogado que cuidava do caso anteriormente foi negado. Agora, Fábio finaliza um novo documento, segundo ele, mais completo, para pedir a liberdade de seu cliente. “A minha percepção, com a experiência que a gente tem, é que é um processo meramente político. Não vejo motivação para uma pessoa ficar presa, dentro do código penal, principalmente nesse período de pandemia em que presos do regime semiaberto sendo soltos, por um crime que é lá de 2004 e, de repente, próximo ao pleito eleito 2019/2020 aparece mais acusações que não embasam uma prisão preventiva e uma prisão temporária”, declarou.

Um abaixo-assinado teria sido feito por moradores da cidade pedindo a liberdade de Reginaldo. Ele que foi o vereador mais votado na última eleição e já tinha exercido inclusive o cargo de presidente da Câmara. “Eu percebo que as pessoas estão completamente engajadas e confiantes na inocência dele. Enquanto advogado criminalista, quando você conversa com o cliente, você percebe duas coisas: ou você defende o cliente para minimizar a pena que ele possa ter, porque ele realmente cometeu o delito, ou você o defende para demonstrar a inocência dele. Pelo que eu percebi do Reginaldo, nitidamente, eu vou defendê-lo para absolvê-lo, porque não há nos processos acusatórios tese que embase a materialidade do crime supostamente cometido por ele”, finalizou o advogado.

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