Um homem de 43 anos foi morto a pauladas por dois sobrinhos de 26 e 27 anos no bairro Jardim Leme, em Juatuba. De acordo com a Polícia Militar, eles foram acionados por moradores que encontraram o cadáver com sinais de violência. O crime foi uma vingança por conta de agressões sofridas pela tia dos autores. Eles confessaram o crime.
Conforme registrado pela polícia, na noite anterior, a vítima, José Luiz, foi também algoz. O homem teria discutido com sua companheira, tendo agredido a mulher e ameaçado a enteada com um facão. Depois da briga, ele juntou seus pertences e saiu de casa, não sendo localizado pelos militares. Questionada pelos militares, a mulher confirmou as agressões, motivadas por futilidade. Ela precisou ser medicada porque recebeu um soco na cabeça.
Familiares do homem contaram que ele estava começando um novo emprego como carpinteiro, tinha se recuperado da Covid-19 recentemente e tinha um histórico de brigas e discussões com a companheira. A Polícia Militar iniciou diligências a fim de esclarecer o homicídio. Eles foram informados que os sobrinhos da mulher agredida perseguiram José em um lote vago após saberem do caso de violência doméstica. Um deles o golpeou com uma garrafa de vidro, o que ocasionou um corte no pescoço, e o outro alegou ter dado um soco na vítima.
Um dos jovens estava com a mão inchada por conta das agressões. Eles disseram ainda que percebiam que a tia estava triste, já que o homem fazia uso de drogas, e que ela e a filha tinham medo de acionar a PM. No local onde foi encontrado o corpo de José Luiz, estava a mochila cheia de roupas e a faca usada durante a agressão. Também foram localizados o pedaço de madeira e os pedaços da garrafa usados durante o homicídio.
Família rebate acusações
A família de José Luiz alega que as acusações feitas contra o parente são falsas e que medidas judiciais serão tomadas em busca de reparação. Uma irmã da vítima contou à imprensa que José e a esposa estavam juntos há cerca de sete anos e nunca tiveram brigas graves, ou envolvendo violência. “As nossas duas advogadas falaram que vão procurar a polícia. Esta aí é a versão deles, como se meu irmão fosse um lixo e é isso a gente não aceita. Meu irmão era um trabalhador, eu não aceito isso”, disse.
A irmã do homem assassinado relatou ainda que chegou a ser procurada pela cunhada no dia das supostas agressões, mas desconfia que José tenha sido atacado antes. Ele já havia sido maltratado pela família da companheira antes e, segundo é de conhecimento dos parentes, nunca reagiu. “Eu não estou defendendo meu irmão porque era meu irmão. Eu estou defendendo porque eu sei quem ele era. Eles armaram e forjaram tudo isso, querem colocar meu irmão como o pior dos homens e isso está machucando a gente. Meu irmão está morto, mas ele tem quem defenda ele”, lamentou.