A polícia de Mateus Leme concluiu esta semana as investigações sobre a morte de Gisele Lidiana, de 37 anos, envenenada pelo marido Kleber Queiroga, de 42 anos, com dietilenoglicol. O crime aconteceu no dia 11 de abril quando a vítima que era casada com o autor há 19 anos, tomou cerveja contaminada. Ela ficou internada por quase 30 dias, mas morreu, na última sexta-feira, 07, após complicações decorrentes do envenenamento.
Kleber foi preso preventivamente no dia 19 de abril e confessou o crime. Ele disse aos policiais que o objetivo era matar a esposa em razão de brigas conjugais motivadas por ciúmes e problemas financeiros. Ainda conforme o homem, no dia 15 de fevereiro, ele comprou o dietilenoglicol pela internet e aguardou o momento oportuno para dar a substância à vítima.
Em entrevista a um canal de televisão, a filha do casal contou que o crime cometido pelo pai “não foi surpreendente”, por causa das constantes brigas do casal. “Pelas coisas que aconteciam, não foi surpreendente. Eles brigavam muito. Brigas financeiras, ciúmes e até mesmo por conta de um ou outro estar durante muito tempo online no WhatsApp”, disse a jovem.
Investigação
Durante a investigação, foram realizadas perícias técnicas e exame toxicológico em Gisele Lidiana, que constataram o envenenamento por dietilenoglicol. Testemunhas também foram ouvidas e confirmaram o relacionamento conturbado entre a mulher e o suspeito.
De acordo com a delegada, Lígia Barbieri Mantovani, Kleber foi indiciado pelo crime de homicídio quatro vezes qualificado. “Pelas circunstâncias de motivo fútil, emprego do veneno, recurso que dificultou a defesa da vítima e por feminicídio, tendo em vista a situação de violência doméstica”, disse. O suspeito permanece preso e o inquérito foi remetido à Justiça.