A Polícia Civil investiga o caso de um idoso de 72 anos que supostamente teria estuprado a sobrinha, na época com apenas 13 anos. O caso aconteceu em janeiro de 2021. De acordo com a mãe da vítima, o caso só foi revelado pela menina na última semana, quase três anos após o ocorrido. A família é de Betim, mas o caso aconteceu em um sítio em Juatuba.
“Após esse fato, ela teve uma mudança brusca de comportamento. Ficou mais impaciente, cortou o cabelo, dizia com frequência que ninguém sabia do que ela estava passando. Mas, mesmo quando perguntávamos o que estava acontecendo, ela não falava”, lembra a mulher. A menina, hoje com 16 anos, faz acompanhamento psicológico. Porém, segundo mãe da menina, nem na terapia ela havia relatado sobre o abuso.
De acordo com a mãe da adolescente, apenas na semana passada, ela decidiu expor o caso. “Ela me perguntou se, quando o homem coloca o pênis na vagina da mulher e sai sangue, se isso significa que o hímen foi rompido. Eu assustei e respondi que sim. Foi quando ela me falou que uma semana antes de ela completar 14 anos, ele (o suspeito) a encurralou no sítio onde íamos com frequência e tentou beijá-la. Ela o empurrou, mas, mesmo assim, ele conseguiu forçá-la, abaixou o short dela e cometeu o abuso sexual. Quando ele percebeu que estava sangrando, ordenou que ela limpasse e, depois, forçou-a a se ajoelhar e a fazer sexo oral nele”, contou a mãe, com a voz embargada.
Segundo a mãe da vítima, assim que a menina relatou o estupro, ela seguiu para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil de Juatuba, onde fica o sítio, para registrar o Boletim de Ocorrência. A adolescente também passou por exame de corpo de delito. Em nota, a PCMG confirmou que a garota foi examinada e informou que segue investigando o caso. Porém, o inquérito está sob sigilo.
A mãe da menina ainda contou à reportagem que o suspeito é casado com a tia e que era uma pessoa de confiança da família. Ela afirma que decidiu expor o caso para que outras pessoas estejam em alerta. “Ele está na família há mais de 40 anos. É padrinho do meu filho mais novo, uma pessoa que eu confiava e jamais imaginaria que poderia fazer uma coisa dessas. Quantas famílias podem estar passando por isso, mas não têm coragem de falar?”, relata.
Agora, enquanto a família oferece suporte para que a garota se recupere do trauma, a mãe deseja que a justiça seja feita. “Quero que ele pague pelo que fez com minha filha”, disse.