O último final de semana foi marcado por intensa agenda de atividades para marcar da tragédia de Brumadinho, que completou quatro anos. Parentes e amigos dos mortos no rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, reuniram-se em um movimento coletivo de homenagem às vítimas e de cobrança por justiça. Houve missas, caminhadas e dentre os participantes, familiares das 272 pessoas que perderam as vidas e pessoas que foram atingidas direta ou indiretamente pelo maior desastre ambiental de Minas Gerais.
Defesa de ribeirinhos em Juatuba
Em Belo Horizonte, uma plenária organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragem contou com a presença de representantes de diferentes instituições de Justiça e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que ouviu cobranças. “Queremos agora ter protagonismo. Em primeiro lugar, a gente quer que a justiça seja feita, que a Vale seja punida e que essa punição sirva de exemplo para que o crime não se repita, porque 272 vidas foram ceifadas. E até hoje estamos sofrendo com insegurança hídrica e problemas de saúde”, disse Joelísia Feitosa, moradora de Juatuba, durante o encontro.
O ministro disse que é importante ouvir os movimentos sociais e que a tragédia não será esquecida. Silveira defendeu a adoção de novas práticas na mineração do país que priorizem o respeito à vida. “Vamos investir recursos e esforços na fiscalização ferrenha de segurança de barragens para impedir que eventos lamentáveis voltem a acontecer”.
Ao Jornal de Juatuba e Mateus Leme, Joelisia Feitosa informou que o encontro com as autoridades foi um marco para os movimentos, já que o Governo Federal engajou na causa, enviando ao encontro a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que se somou ao apoio da Deputada Federal recém-eleita, Duda Salabert. “Após quatro anos, sinto a esperança vívida nos envolvidos emocionalmente com a tragédia, afinal, esta é a primeira vez que o Governo Federal, se manifesta favorável à responsabilização dos envolvidos. Afinal, o presidente enviou a Ministra do Meio ambiente às manifestações do último final de semana”, finaliza.
